QUANDO TODAS AS CORES DOS CINEMAS SÃO O AZUL, A COR MAIS FRIA: Uma Análise Sobre Produções Audiovisuais e Gênero

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n1p105

Palavras-chave:

Cinema, teorias de gênero, estatísticas, pós-colonialismo

Resumo

O artigo analisa, com estatísticas e por meio de crítica do filme Azul é a Cor Mais Quente (França, 2013), as características fundamentais nas produções audiovisuais eurocêntricas – hegemônicas e dominantes no panorama mundial – que instigam, perpetram, e perpetuam a anulação e/ou a negação do feminino. Bem como enraízam os estereótipos de gênero que permeiam as diversas culturas e sociedades globais. As estatísticas sobre mulheres empregadas nas produções audiovisuais, as teorias do cinema, da fotografia em movimento, e as análises críticas das teorias feministas do cinema são desenvolvidas como ferramentas para a pesquisa. A imagem é um instrumento poderoso de comunicação, assemelha-se ou confunde-se com o que representa. Visualmente imitadora (mimesis), ou reflexo, pode levar ao conhecimento, educar, ou enganar. A imagem construída cria associações mentais sistemáticas. Repetidas à exaustão, as imagens criam padrões de representações nas sociedades.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra de Souza Machado, Universidade de Brasília

Doutora em História pela Universidade de Brasília (UnB) e Master of Arts em Cinema e TV pela The American University, Washington, D.C. EUA. É professora visitante da UnB, jornalista e blogueira. E-mail: sandramachado14@gmail.com.

Referências

Referências

BARTHES, Roland. Mitologias. São Paulo: Editora Difel, 1982.

GRAINGE, Paul (Edit.). Memory and Popular Film. Manchester, UK: Manchester

University Press. 2003.

IRIGARAY, Luce. This Sex Which Is Not One. Ithaca: Cornell University Press,

Revista Observatório, Palmas, v. 3, n. 1, p. 105-130, jan./mar. 2017

_ .revista

Observatório

ISSN n° 2447-4266 Vol. 3, n. 1, Janeiro-Março. 2017

DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3nlpl05

KAEL, Pauline. KLss Kiss Bang Bang. USA & Canada: Little, Brown and Company,

KAPLAN, E. Ann. A Mulher e o Cinema: Os Dois Lados da Câmera. Rio de

Janeiro: Rocco, 1995.

. Looking for the Other: Feminism, Film, and the Imperial Gaze. New

York: Routledge, 1997.

LAURETIS, Teresa de. Queer Theory: Lesbian and Gay Sexualities. Differences:

A

Journal of Feminist Cultural Studies, 3(2), iii-xviii, 1991.

LOURO, Guacira Lopes. O Corpo Estranho. Ensaios sobre Sexualidade e Teoria

Queer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004.

MAROH, Julie. Le Bleu DAdele. Disponível em:

https://web.archive.orq/web/20140110123220/http://www.iuliemaroh.com/2013

/05/27/le-bleu-dadele/ Acesso em 20/02/2017.

MULVEY, Laura. Visual Pleasure and Narrative Cinema. Revista Screen, xvi, n.3,

. Visual and Other Pleasures: Theories of Representation and

Difference. Bloomington and Indianapolis: Indiana University Press, 1989.

SONTAG, Susan. Whafs Happening to America? (Simpósio - Vários autores).

Partisan Review, Edição do Inverno, 1967.

. Sobre Fotografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Can the Subaltern Speak? in Cary Nelson and

Larry Grossberg (Editors). Marxism and the Interpretation of Culture. Urbana:

University of Illinois Press, 1988.

Revista Observatório, Palmas, v. 3, n. 1, p. 105-130, jan./mar. 2017

_ .revista

Observatório

ISSN n° 2447-4266 Vol. 3, n. 1, Janeiro-Março. 2017

DOI: http://dx.doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3nlpl05

. Question of Multiculturalism: The Post-Colonial Critic: Interviews,

Strategies, Dialogues. New York, NY: Routledge, 1990.

STAM, Robert & SHOHAT, Ella (Editors). Unthinking Eurocentrlsm. New York,

NY: Routledge, 1994.

SITE ISTO É INDEPENDENTE. Mulheres sob ataque. Edição de I o de março de

Disponível em:

http://www.istoe.com. br/reportagens/279673_MULHERES+SOB+ ATAQUE

SITE MULHER NO CINEMA. Oscar fica #LessWhlte, mas continua #SoMale.

Disponível em: http://mulhernocinema.com/opiniao/oscar-fica-lesswhite-mas-

segue-somale/ Acesso em 27/02/2017.

SITE UOL. Atriz e Diretor de Azul é a Cor Mais Quente Encaram Polêmicas.

Disponível em:

https://web.archive.orq/web/20131207043221/http://cinema.uol.com.br/noticia

s/redacao/2013/12/04/atriz-e-diretor-de-azul-e-a-cor-mais-quente-encaram-

polemicas-por-filme.htm Acesso em 20/02/2017.

THE WASHINGTON POST. Why the Age of 40 is so Important in Hollywood.

Disponível em:

https://www.washinqtonpost.com/news/wonk/wp/2016/Q9/19/these-charts-

revea[-how-bad-the-film-industrvs-sexism-is/?utm term=.0f829869662d Acesso

em 20/02/2017.

WEBARCHIVE.ORG. The Stars of Blue is The Warmest Color on the Riveting

Lesbian Love Story and Graphic Sex Scenes. Disponível em:

https://web.archive.org/articles/2013/09/01/the-stars-of-blue-is-the-warmest-

color-on-the-rivetinq-lesbian-love-sory-and-qraphic-sex-scenes.html Acesso

em 20/02/2017.

WOMEN IN TV AND FILM. It's a Man's (Celluloid) World. Disponível em:

http://womenintvfilm.sdsu.edu/its-a-mans-celluloid-world-portrayals-of-

female-characters-in-the-top-100-films-of-2015/ Acesso em 24/02/2017.

Publicado

2017-03-30

Como Citar

MACHADO, Sandra de Souza. QUANDO TODAS AS CORES DOS CINEMAS SÃO O AZUL, A COR MAIS FRIA: Uma Análise Sobre Produções Audiovisuais e Gênero. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 1, p. 105–130, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n1p105. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3320. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático / Thematic dossier / Dossier temático

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)