FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) DE EDUCAÇÃO INFANTIL: O ESTÁGIO NO CURSO DE PEDAGOGIA

Autores

  • Viviane Drumond

Palavras-chave:

Educação Infantil, Formação de Professores(as), Estágio

Resumo

Este artigo discute a formação de professores(as) de Educação Infantil no curso de Pedagogia. O estudo elegeu o estágio como campo de pesquisa e evidenciou a importância deste na formação de professores(as), como espaço de produção de conhecimentos e saberes pedagógicos. A obrigatoriedade do estágio na Educação Infantil, com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Pedagogia, destacou a necessidade da construção de referências para fundamentar a docência com crianças pequenas. O trabalho com os estágios na Educação Infantil mostra a importância da construção de uma pedagogia centrada na criança e nos convida a uma revisão da formação de professores (as) de crianças de 0 a 5 anos. O estudo aborda os saberes e os fazeres nas creches e préescolas e aprofunda e destaca a especificidade da docência com crianças pequenas, à medida que guarda distanciamentos com relação ao ensino escolar. As crianças são compreendidas a partir do olhar das ciências sociais, vistas como atores sociais, como protagonistas do próprio processo de formação. Destaca a observação como principal ferramenta metodológica, pois permitiu aos(às) estagiários(as) conhecer mais sobre as crianças, descrever e analisar as práticas educativas observadas no cotidiano das creches e das pré-escolas. Para o registro das observações, foi utilizado o caderno de campo. As análises evidenciam as lacunas presentes no curso de Pedagogia e permitem propor outras referências teórico-metodológicas para a formação de professores (as) de crianças pequenas. 

Referências

ABRAMOWICZ, A.; OLIVEIRA, F. 2010. A sociologia da infância no Brasil: uma área em construção. Educação, Santa Maria, v. 35, n. 1. p. 39-52. Jan./abr.

BARBOSA, M. C. S. ; HORN, M. G. S. 2008. Projetos pedagógicos na educação Infantil. Porto Alegre Artmed, 2008.

BRASIL. 2006. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Brasília: MEC/CNE.

BRASIL. 2010. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB.

FARIA, A. L. G. (Org.). 2011. Culturas infantis em creches e pré-escolas: estágio e pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, p. 129-152.

FARIA, A. L. G. 1999. As contribuições dos parques infantis de Mario de Andrade para a construção de uma pedagogia da educação infantil. Educação e Sociedade, Campinas, n. 69, p. 60-91.

FARIA, A. L. G. 2005. Políticas de regulação, pesquisa e pedagogia na educação infantil, primeira etapa da educação básica. Educação e Sociedade, Campinas. v. 26, n. 92, p. 1.013- 1.038, out.

FARIA, A. L. G. 2011. Apresentação. In: GEPEDISC – Culturas Infantis (Org.) Culturas infantis em creches e pré-escolas: estágio e pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, p. 13-17.

FARIA, A. L. G.; RICHTER, S. R. S. 2009. Apontamentos pedagógicos sobre o papel da arte na educação da pequena infância: como a pedagogia da educação infantil encontra-se com a

arte? In: SMALL SIZE PAPER (Org.) Experiencing art in early years - learning and development processes and artistic language. Bologna: Edizioni Pendragon, p. 103-25.

FERNANDES, F. 2004. As “Trocinhas” do Bom Retiro: Contribuições ao estudo folclórico e sociológico da cultura e dos grupos sociais infantis. Pro-Posições, Campinas, v. 15, n. 1 (43),

p. 229-250, jan./abr.

FIAD, R. S. ; SILVA, L. L. M. 2009. Escrita na formação docente: relatos de estágio. Acta Scientiarum. Languagemand Culture, Maringá, v. 31, n. 2, p. 123-131.

FIAD, R. S. ; SILVA, L. L. M. 2000. Diários de campo na prática de ensino: um gênero discursivo em discussão. Leitura: Teoria e Prática, Campinas, v. 19, n. 35, p. 40-47, jun.

FILLIPINI, T. 1999. O papel do pedagogo. In: EDWARDS, C. ; GANDINI, L. ; FORMAN, G. As cem linguagens da criança. A abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 123-127.

FREITAS, M. C. 2007. Prefácio: O coletivo infantil: o sentido da forma. In: FARIA, A. L. G. (Org.). O coletivo infantil em creches e pré-escolas-falares e saberes. São Paulo: Cortez, p. 7-

INFANTINO, A. 2013. Estágio e formação na prática pedagógica em creches públicas italianas. Olhares, Guarulhos, SP, v. 1, n. 1, p. 7-39, maio.

GATTI, B. A.; BARRETO, E.S. S. 2009. (Coord.) Professores do Brasil: impasses e desafios. Brasília: UNESCO.

GEERTZ, C. 1989. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

MANTOVANI, S. ; TERZI, N. 1998. A inserção. In: BONDIOLI, A. ; MANTOVANI, S. Manual de educação infantil de 0 a 3 anos. 9. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 75-98.

KISHIMOTO, T. M. 2002. Encontros e desencontros na formação dos profissionais da educação infantil. In: MACHADO, M. L. (Org.). Encontros e desencontros na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, p. 107-115.

KISHIMOTO, T. M. 2005. Pedagogia e a formação de professores(as) de educação infantil. Pro-Posições, Campinas, v. 16, n. 3 (48), p. 181-193, set./dez.

MAUSS, M. 2010. Três observações sobre a sociologia da infância. Pro-Posições, Campinas, v. 21, n. 3 (63), p. 237-244, set./dez.

RINALDI, C. O currículo emergente e o construtivismo social. In: EDWARDS, C. ; GANDINI, L. ; FORMAN, G. 1999. As cem linguagens da criança. A abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Porto Alegre: Artes Médicas, p. 113-127.

ROCHA, E. A. C. 2001. A Pedagogia e a Educação Infantil. Revista Brasileira de Educação - Anped, São Paulo, n. 16, p. 27-34, jan./abr.

ROCHA, E. A. C. 1999. A Pesquisa em Educação Infantil no Brasil: trajetória recente e perspectiva de uma consolidação de uma Pedagogia. Tese de Doutorado. Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP, 262 f

ROSEMBERG, F. 1976. Educação para quem? Revista Ciência e Cultura, Cidade, v. 28, n. 12, p. 1.466-1.471, jul.

SILVA, A. S. 2005. O curso de Pedagogia e a formação para a educação infantil. ProPosições, Campinas, v. 16, n. 2 (47), p. 159-175, maio/ago.

SILVA, L. L. M. 2011. Prefácio: Entre estágios, diários de campo, leituras. In: GEPEDISC – CULTURAS INFANTIS. Culturas infantis em creches e pré-escolas: estágio e pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, p. 7-11.

Downloads

Publicado

2016-12-22

Como Citar

DRUMOND, Viviane. FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) DE EDUCAÇÃO INFANTIL: O ESTÁGIO NO CURSO DE PEDAGOGIA. RELPE: Revista Leituras em Pedagogia e Educação, [S. l.], v. 1, n. 1, p. 52–69, 2016. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/relpe/article/view/13507. Acesso em: 28 abr. 2024.