Tabus e mitos no ensino de inglês: separando o joio do trigo
Schlagworte:
Ensino de Línguas EstrangeirasAbstract
Este ensaio trata de dois mitos e de dois tabus que circulam entre professores de língua inglesa no Brasil há alguns anos e que são fontes potenciais de decisões didáticas equivocadas. Na primeira seção, discuto o tabu relacionado ao uso da língua materna dos aprendizes na aula de inglês. Resultante do método direto, esse mito pode levar professores brasileiros a interditarem o uso de português na sala de aula. Na seção seguinte, trato do mito segundo o qual as estruturas gramaticais são aprendidas linearmente, uma de cada vez. É um mito legado pelo método audiolingual. Na terceira seção, abordo o mito referente à suposta ausência de ensino formal de gramática na abordagem comunicativa. Desse mito resultou o tabu relacionado ao suposto não uso de atividades estruturais no ensino comunicativo, mito esse que também é foco dessa seção. Discuto as origens e as consequências desses tabus e mitos aqui para expor os equívocos que eles podem levar os professores a cometerem. São mitos e tabus que não condizem com a realidade, teórica ou empírica, e, por isso, precisam ser desconstruídos. As posições teóricas de autores como Diane Larsen-Freeman, William Littlewood, Christopher Brumfit, Dell Hymes, Sheelagh Deller e Mario Rinvolucri são trazidas à cena. O artigo traz reflexões sobre os benefícios que o uso da língua materna traz para o professor e para os alunos, defendendo que a gramática precisa ser lecionada formalmente, que as atividades estruturais têm espaço nas aulas comunicativas e que a aprendizagem da gramática não ocorre de maneira linear.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).