Desconstruindo três mitos persistentes sobre a língua portuguesa

Autores

  • Luciano Amaral Oliveira Universidade Federal da Bahia

Palavras-chave:

Mitos, Presidenta, Gerundismo, Machismo na língua portuguesa

Resumo

A língua portuguesa é cercada por mitos. Alguns têm consequências sérias, como, por exemplo, o mito segundo o qual a maioria das brasileiras e dos brasileiros não sabe português, o que afeta negativamente a sua autoestima linguística. Há outros que não possuem consequências sérias, como ocorre, por exemplo, com o mito segundo o qual a vírgula indica pausa. Diante da persistência dos mitos sobre a língua portuguesa, que insistem em circular na nossa sociedade, este artigo tem por objetivo contribuir para a desconstrução de três deles. A primeira seção é dedicada ao mito da inexistência da palavra presidenta. É demonstrado que essa palavra existe e é problematizada a questão sexista a ela subjacente. O mito do gerundismo é o tema da terceira seção. A pertinência sintática da construção IR + ESTAR + GERÚNDIO é explicada e sua natureza semântica, explicitada. A terceira seção trata do suposto machismo da língua portuguesa. É demonstrado que, embora a sociedade machista brasileira deixe marcas na língua portuguesa, é teoricamente inconcebível a atribuição de uma característica social ao sistema gramatical de uma língua, que, analogamente, não pode ser acusada de ser racista ou homofóbica.

Biografia do Autor

Luciano Amaral Oliveira, Universidade Federal da Bahia

Professor Adjunto lotado no Departamento de Letras Vernáculas.

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Publicado

2016-09-25

Como Citar

Oliveira, L. A. (2016). Desconstruindo três mitos persistentes sobre a língua portuguesa. Porto Das Letras, 2(1), p. 22 – 36. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/1979

Edição

Seção

ESTUDOS LINGUÍSTICOS