PADRÕES ESTÉTICOS E ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERES TELEJORNALISTAS: uma pesquisa exploratória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p658

Palavras-chave:

Telejornalismo, Identidade, Mulheres, Poder Simbólico

Resumo

Embora a beleza não esteja entre os pré-requisitos da prática jornalística, , ela parece ser um elemento importante na escolha de apresentadora de telejornais. Este artigo, ponto inicial de uma pesquisa em desenvolvimento, delineia alguns aspectos dessa demanda, colocada para as jornalistas, de atingir um determinado padrão hegemônico de beleza no telejornalismo. A partir do observação das apresentadoras dos principais telejornais da TV aberta, nota-se a presença de um padrão  – apresentadoras brancas, de cabelo castanho, dentro de um tipo físico considerado “magro”, com pouco espaço para jornalistas fora desse modelo. Esse padrão é discutido a partir do ponto de vista de questões de identidade e poder simbólico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luis Mauro Sá Martino, Faculdade Cásper Líbero

Graduado em Comunicação pela Faculdade Cásper Líbero, com Mestrado  e Doutorado em Ciências Sociais pela PUC-SP. Pós-Doutorado na School of Political, Social and International Studies na University of East Anglia, na Inglaterra. Professor do PPG em Comunicação da Faculdade Cásper Líbero. E-mail: lmsamartino@gmail.com.

Julya Vendite Zancoper, Faculdade Cásper Líbero

Graduanda em Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. E-mail: julya_vz@hotmail.com. 

Referências

ALMEIDA, K. B. Crítica e metacrítica: processos midiáticos e transformações do jornalismo. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2016 (Trabalho de Conclusão de Curso).

ANTUNES, R. (org). Infoproletários. São Paulo: Boitempo, 2009.

BECKER, Beatriz. A Linguagem do Telejornal: Um estudo da cobertura dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Rio de Janeiro: e-Papers, 2005.

BENÍCIO, Jeff. Sala de TV, São Paulo, 9 nov. 2015. Disponível em: <http://diversao.terra.com.br/tv/sala-de-tv/blog/2015/11/09/mulheres-derrubam-ultima-barreira-na-bancada-do-jornal-nacional/>

BISTIANE, L.; BACELAR, L. Jornalismo de TV. São Paulo: Contexto, 2005.

BOCAYUVA, H. Sexualidade e gênero no imaginário brasileiro. Rio de Janeiro: Revan, 2007.

BOURDIEU, P. Le sens pratique. Paris: Minuit, 1990.

BOURDIEU, P. La domination masculine. Paris: Seuil, 2007.

BOURDIEU, P. Language et pouvoir symbolique. Paris: Seuil, 1997.

BOURDIEU, P. Raisons pratiques. Paris: Seuil, 2007.

CAMPOS, V. P. Beleza é coisa de mulher? Refice: Ed. UFPE, 2007.

CASTRO, Daniel. Notícias da TV, São Paulo, 17 fev. 2016. Disponível em: <http://noticiasdatv.uol.com.br/noticia/televisao/globo-bane-gordinhas-e-cheinhas-das-bancadas-do-jornalismo--10482>

COLLING, A. M. Tempos diferentes, discursos iguais. Dourados: UFGD, 2014.

COUTINHO, I. Dramaturgia do telejornalismo. Rio de Janeiro: Mauad, 2012.

DADOS, Mídia. Composição da programação, 2016. Disponível em: <https://dados.media/#/view/CATEGORY/TELEVISION/MDB_TVA_COMPOSICAO_PROGRAMACAO>

GNN, Portal de notícias. 10 jan. 2014. Disponível em: <http://jornalggn.com.br/noticia/os-telejornais-mais-assistidos-segundo-a-pesquisa-brasileira-de-midia-2013>

GOMES, I. Televisão e realidade. Salvador: Ed. UFBA, 2009.

GOMES, M. R. Comunicação e Identificação. Cotia: Ateliê, 2008.

GONÇALVES, B. D. Identidade feminina e inserção no mundo do poder. Curitiba: Juruá, 2008.

GOULART, K. Trabalho precário: um estudo sobre as condições profissionais do jornalista. São Paulo: Faculdade Cásper Líbero, 2015 (Trabalho de Conclusão de Curso).

JENKINS, R. Social identity. Londres: Routledge, 2012.

KERSTENETZKY, Celia Lessa. Por que se importar com a Desigualdade. Dados, 2002.

MARTINO, Luis Mauro Sá. Comunicação e Identidade: Quem você pensa que é? São Paulo: Paulus, 2010.

MORENO, R. A beleza impossível: mulher, mídia e consumo. São Paulo: Ágora, 2008.

MORENO, Vitor. F5, São Paulo, 26 fev. 2014. Disponível em: <http://f5.folha.uol.com.br/televisao/2014/02/1418178-jornal-nacional-sera-apresentado-pela-primeira-vez-por-duas-mulheres.shtml>

REZENDE, Guilherme Jorge de. Telejornalismo no Brasil. Um perfil Editorial. São Paulo: Summus, 2000.

RIBEIRO, José Hamilton. Jornalistas, 1937 a 1997: história da imprensa de São Paulo vista pelos que batalham laudas (terminais), câmeras e microfones. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 1998.

SILVA, Camila L.; JÚNIOR, Wanderley Marchi. Comunicação televisiva: Reflexões e considerações sobre o telejornalismo esportivo. Deporte, Cultura y Comunicación, nº 69.

SILVA, Camila Pérez Gonçalvez da. Âncora: posturas e evolução de uma atividade jornalística, Revista eletrônica Temática, 2009.

TEMER, A. C. R. P. Flertando com o caos. Goiânia: Ed. UFG, 2014.

TEMER, A. C. R. P.; TONDATO, M. P. A televisão em busca da interatividade. Brasília: Casa dsas Musas, 2009.

TEMER, Ana Carolina R. Pessoa; ASSIS, Francisco de; SANTOS, Marli dos. Mulheres jornalistas e a prática do jornalismo de imersão: Por um olhar sem preconceito, Media&Jornalismo, 2013.

VIZEU, A. Telejornalismo: das rotinas produtivas à audiência presumida. In: ____; PORCELLO, F.; MOTA, C. Telejornalismo, a nova praça pública. Florianópolis: Insular, 2006.

VIZEU, Alfredo. O telejornalismo como lugar de referência e a função pedagógica. Revista FAMECOS, 2009.

Publicado

2017-10-01

Como Citar

MARTINO, Luis Mauro Sá; ZANCOPER, Julya Vendite. PADRÕES ESTÉTICOS E ATUAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERES TELEJORNALISTAS: uma pesquisa exploratória. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 6, p. 658–679, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n6p658. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3318. Acesso em: 22 dez. 2024.