EM CARTAZ: festivais de cinema de arquivo – preservação e público

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n2p283

Palavras-chave:

Patrimônio Audiovisual, Público, Arquivo, Festival de cinema

Resumo

Nas últimas décadas, observa-se o surgimento de festivais dedicados ao cinema de arquivo. No Brasil, foi criado em 2002, pelo Arquivo Nacional, o Recine – Festival Internacional de Cinema de Arquivo, evento que foi substituído pelo Arquivo em Cartaz em 2015. O fenômeno dos festivais se relaciona com o tratamento do patrimônio audiovisual ao longo do século XX e XXI, sendo inseparável da trajetória das instituições arquivísticas. Neste artigo, pretende-se, por meio da análise dos dois festivais, discutir como esses eventos trabalham a tensão entre exibir e preservar, duas das principais funções das cinematecas, colocando em diálogo questões sobre patrimônio/preservação e a relação entre os arquivos e seus públicos.

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Biografia do Autor

Juliana Muylaert Mager, Universidade Federal Fluminense

Doutoranda em História e mestre pela Universidade Federal Fluminense (UFF), graduada em História pela Universidade Federal de Uberlândia. E-mail: jumuylaert@gmail.com.

Ana Maria Mauad, Universidade Federal Fluminense

Doutora em História Social pela Universidade Federal Fluminense, com pós-doutorado no Museu Paulista da USP. Graduada em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente é professora titular do Departamento de História e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História. E-mail:

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Publicado

2017-04-01

Como Citar

MUYLAERT MAGER, Juliana; MAUAD, Ana Maria. EM CARTAZ: festivais de cinema de arquivo – preservação e público. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 2, p. 283–308, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n2p283. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3178. Acesso em: 3 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático / Thematic dossier / Dossier temático