Coletivo Xica Manicongo: Transepistemologias, Lutas coletivas e Políticas públicas

Resumo

O objetivo deste artigo é narrar a construção do Coletivo Xica Manicongo-UFG – Coletivo de Estudantes Trans Travestis da Universidade Federal de Goiás –, em 2022, para dar visibilidade às suas ações políticas na universidade, por meio da produção e mobilização de transepistemologias, proposituras e construções de políticas públicas (2022-2025) para estudantes Trans Travestis na UFG. Com base em documentos elaborados pelo Coletivo, além de outros coproduzidos pela UFG, trago a narrativa das mobilizações de corpas/os trans e travestis negras/os, com seus desdobramentos em políticas públicas históricas e recentes nesta universidade. O artigo Xica Manicongo: a transgeneridade toma a palavra, de Jaqueline Gomes Jesus (2019), e o conceito de “transnarrativivências”, da autora (2024), fundamentam as problematizações feitas nesta narrativa. A narrativa segue o curso dos acontecimentos e dos eventos, de modo a visibilizar as transpotencialidades emergentes pelas corpas e pelos corpos Trans Travestis na universidade. Justifica-se tal produção, considerando-se os avanços e desafios que marcam a trajetória dessa universidade e suas relações com grupos minorizados, em especial a população trans, e a força de reexistência como uma ação transformadora na universidade.