Eu Matei (ou não) Minha Mãe: A Autoficção de Xavier Dolan
Palabras clave:
Autoficção, Cinema, Cinema e Literatura, Xavier DolanResumen
Com o lançamento de seu primeiro longa, J’ai tué ma mère, em 2009, Xavier Dolan pegou a todos desprevenidos tanto por sua pouca idade como pela forma crua com que o tema da relação entre mãe e filho foi abordado. Em comentários posteriores sobre o filme, comprovou-se o suspeitado caráter autobiográfico da trama, no que se criou certa ambiguidade entre a persona do criador da obra e o personagem principal. À luz dos estudos de Leonor Arfuch (2010) sobre o espaço biográfico na pós-modernidade, que defende a biografia como um gênero de essencial importância ao sujeito contemporâneo, que está constantemente se autorreferenciando, e apoiando-se no conceito literário de autoficção cunhado por Serge Doubrovsky (1977), o presente artigo explora como foi construída a intersecção entre o real e o fictício no filme de Dolan, interpretando-o como uma autoficção cinematográfica e também analisando como obras caracterizada por dramas individuais ressoam com o público.
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