Medeia, práticas discursivas e anormalidade
Schlagworte:
Medeia; práticas discursivas; anormalidade.Abstract
O texto tem por objetivo ensaiar discussões sobre a produção de corpos anormais a partir da problematização de seus nomes e lugares, tecendo reflexões no campo das práticas discursivas. Partindo das leituras da tragédia Medeia, de Sêneca, do curso Os anormais e da obra As palavras e as coisas, de Foucault, procuramos refletir sobre a seguinte questão: como as práticas discursivas constituem a anormalidade e a materializam em determinados corpos? Para isso, problematizamos as práticas discursivas que recaem sobre a mãe filicida, com o propósito de compreender como ocorre a produção da anormalidade e como tal prática deseja um lugar, cujo corpo constitui a primeira territorialidade.
Literaturhinweise
BADINTER, E. Um Amor conquistado: o mito do amor materno. Tradução Waltensir Dutra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura; tradução Sérgio Paulo Rouanet; prefácio Jeanne Marie Gagnebin. 7ª Ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
BORGES, J. L. O idioma analítico de John Wilkins. in: Borges, Jorge Luis. Outras inquisições. Tradução Davi Arrigucci Jr. São Paulo: Companhia das letras, p. 121-126. 2007.
BUTLER. J. Quadros de Guerra: quando uma vida é passível de luto. Tradução Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. 6ª Ed. Rio de Janeiro: 7ª Ed. Civilização Brasileira, 2019.
BUARQUE, C.; PONTES, P. Gota D’ água. São Paulo: Círculo do Livro, 1975.
CANDIDO, A. Tese e antítese. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1971.
FAYAD, D. C. O filicídio e os dramas de Medeia. In: IV Congresso Internacional de Psicopatologia Fundamental e X Congresso Brasileiro de Psicopatologia, 2010, Curitiba.
FOUCAULT, M. As palavras e as coisas. Tradução Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, 2016.
FOUCAULT, M. Os anormais. Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2018.
HOBSBAWM, E. A invenção das tradições. Tradução Celina Cardim Cavalcante. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2002.
MACIEL, M. E. Poéticas do inclassificável, in Aletria. Belo Horizonte, v. 15, p 155-62, 2007.
MARTINS, E. J. P. As Medeias de Ontem e de Hoje: uma discussão sobre o filicídio. Programa de Pós-Graduação em Psicologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Estadual de Maringá, 2015.
NOVAK, M. G. Medeia de Sêneca. In Clássica - Revista Brasileira de Estudos Clássicos. N.3, p.147-162, 1999.
SAFFFIOTI, H. Gênero, patriarcado e violência. São Paulo: Expressão popular, 2015.
SANTOS, J. S. Em que medida sobreviver é resistir? Porto Alegre: CirKula, 2019.
SCHAFFA, S. Medeia, o feminino. J. psicanal. São Paulo, V. 42, N. 76, p. 51-64, jun. 2009.
SENECA. Medeia. Tradução, introdução e notas de Ana Alexandra Alves de Sousa. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.
VEIGA-NETO, A. De geometrias, currículo e diferenças. Educação & Sociedade, ano XXIII, N. 79, p. 163-186. ago. 2002.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).