A Inter-relação entre Práticas Sociais e Práticas Discursivas e a Natureza do Agenciamento Coletivo
Resumo
Resumo
O presente artigo tem como interesse a atual necessidade de pensar o mundo por um viés não-ocidentalista que rompa com a ciência positivista e moderna. Com a contribuição teórica de Moita Lopes e Signorini (2006), discutiremos essa questão do conhecimento hegemônico e globalizado, e a importância de compreender que muitas formas de produzir conhecimento contribuem a perpetuar essa lógica de conhecimento científico tradicional. Portanto, destaca- remos o entendimento do conhecimento como intrínseco à prática social e, que, por isso, não se separa do sujeito. Nesse sentido, a perspectiva da cognição inventiva enfatiza a coexistência entre sujeito e mundo (KASTRUP, 2005), discutiremos a contribuição desses aspectos no ensino de língua materna e a ideia de ensino como crítica à língua maior, um ensino de língua contrainformação. Além disso, trataremos da lógica da polarização da língua e sua subversão, com o auxílio teórico de Deleuze e Guattari (1995a; b).
Palavras-chave: prática social; língua; agenciamento; cognição; ensino.
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