ENVELHECIMENTO E PRÁTICAS DISCURSIVAS DE (NÃO) SUBJETIVAÇÃO DE PESSOAS LGBTIA+
DOI:
https://doi.org/10.20873.24.%20gifelc.012Resumo
O texto a seguir é um recorte de uma pesquisa de mestrado em andamento que visa analisar as práticas discursivas de subjetivação acerca do envelhecimento de pessoas com variabilidades de identidades de gênero e orientação sexual não hegemônica. Este artigo discorre sobre o envelhecimento das pessoas LGBTIA+ e as práticas discursivas de subjetivação e sua negação culminando no ageísmo ou etarismo que alija cidadãs e cidadãos em virtude da faixa etária, sobretudo as pessoas com identidade de gênero e orientação sexual dissidente da cisheteronormatividade. Diante da complexidade do tema e da necessidade de uma visão holística para a questão, optamos por uma abordagem mais poética referindo-se a textos de linguagem literária sobre a temática em tela. Mediante essa opção intencional, ancoramos nossas reflexões na leitura da obra de Michel Foucault, quem aponta que a ficção consiste não em fazer ver o invisível, mas em fazer ver até que ponto é invisível a invisibilidade do visível. Sendo assim, se as práticas discursivas corroboram para a invisibilidade e alijamento dos sujeitos, cremos no poder fundante de novas epistemologias a partir do momento em que trazemos à pauta questões humanas tão caras e dignas de visibilidade.
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