Eu Matei (ou não) Minha Mãe: A Autoficção de Xavier Dolan

Autores

  • Verônica Maria Valadares de Paiva Universidade de Brasília

Palavras-chave:

Autoficção, Cinema, Cinema e Literatura, Xavier Dolan

Resumo

Com o lançamento de seu primeiro longa, J’ai tué ma mère, em 2009, Xavier Dolan pegou a todos desprevenidos tanto por sua pouca idade como pela forma crua com que o tema da relação entre mãe e filho foi abordado. Em comentários posteriores sobre o filme, comprovou-se o suspeitado caráter autobiográfico da trama, no que se criou certa ambiguidade entre a persona do criador da obra e o personagem principal. À luz dos estudos de Leonor Arfuch (2010) sobre o espaço biográfico na pós-modernidade, que defende a biografia como um gênero de essencial importância ao sujeito contemporâneo, que está constantemente se autorreferenciando, e apoiando-se no conceito literário de autoficção cunhado por Serge Doubrovsky (1977), o presente artigo explora como foi construída a intersecção entre o real e o fictício no filme de Dolan, interpretando-o como uma autoficção cinematográfica e também analisando como obras caracterizada por dramas individuais ressoam com o público.

Biografia do Autor

Verônica Maria Valadares de Paiva, Universidade de Brasília

Mestranda do Programa de Pós-Gradução em Literatura da UnB (PósLit/UnB) na área Literatura e Outras Artes.

Faz parte do grupo de pesquisa Victor Hugo e o Século XIX, sob coordenação da profª drª Junia Barreto.

Bacharel em Letras - Português pela Universidade de Brasília (2014).

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Publicado

2016-12-27

Como Citar

Paiva, V. M. V. de. (2016). Eu Matei (ou não) Minha Mãe: A Autoficção de Xavier Dolan. Porto Das Letras, 2(2). Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/2611