A INTERNET COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM E DIFUSÃO CULTURAL E LINGUÍSTICA DAS MULHERES SURDAS

Autores

  • Ana Luisa Borba Gediel Universidade Federal de Viçosa
  • Mylene Mayara Santos Dias Universidade Federal de Viçosa
  • Thayane Fraga de Paula Universidade Federal de Viçosa

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2017v3n4p407

Palavras-chave:

Mulheres Surdas, LIBRAS, Tecnologias, Acessibilidade

Resumo

O artigo pauta-se no desenvolvimento de um estudo etnográfico acerca da saúde de um grupo de mulheres Surdas e do uso de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) como agency, ou seja, como instrumento de busca de entendimento acerca de sua saúde corporal e de sua sexualidade. Neste processo verificamos por meio das redes sociais que o uso da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) e a identificação com o ser Surdo caracterizam-se de forma positiva, pois contrapõem-se à visão da surdez como deficiência. Por fim, demonstramos a importância do uso das tecnologias como meio de acesso aos conhecimentos sobre a própria saúde, que nem sempre chegam às mulheres Surdas a partir dos profissionais da saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mylene Mayara Santos Dias, Universidade Federal de Viçosa

Graduada em Enfermagem, pela Universidade Federal de Viçosa. Atuou como bolsista de Inciação Científica da pesquisa.

Thayane Fraga de Paula, Universidade Federal de Viçosa

Graduada em Enfermagem pela Universidade Federal de Viçosa. Atuou como bolsista de Iniciação Científica na pesquisa.

Referências

BASTOS, B.G.; FERRARI, D. V. Internet e educação ao paciente. Intl. Arch. Otorhinolaryngol., São Paulo - Brasil, v.15, n.4, p. 515-522, Out/Nov/Dezembro - 2011.

BRASIL. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, e dá outras providências. Publicada no Diário Oficial da União em de 24 de abril de 2002.

DURANTI, Alessandro. The scope of Linguistic Anthropology. In: Linguistic Anthropology. New York, NY: Cambridge University Press, 1997. ______(Org.). Linguistic Anthropology: A reader. Oxford: Blackwell Publish- ing Ltd, 2001.

______. (Org.). A Companion to Linguistic Anthropology. Malden, Mass.: Blackwell, 2004.

FREIRE, D. B. et al. Acesso de pessoas deficientes auditivas a serviços de saúde em cidade do Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 25(4):889-897, abril, 2009.

GEDIEL, A. L. B. Saúde e Doença: os significados de família e reprodução das mulheres surdas de Porto Alegre, RS. In: Fazendo Gênero 9: Diásporas, diversidades, deslocamentos, 2010, Florianópolis. Anais Fazendo Gênero. Florianópolis: Fazendo Gênero 9, 2010. Disponível em:

<http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1277942265_ARQUIVO_TrabalhocompletoFazendoGenero.pdf>. Acesso em: 09:44hs.

GESSER, Audrei. LIBRAS? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da Língua de Sinais e da realidade Surda. São Paulo: Parábola Editora, 2009.

GIDDENS, Anthony. The Constitution of Society. Cambridge: Polity Press, 1984.

KOZINETS, R. V. On netnography: initial reflections on consumer research investigations of cyberculture. Advances in Consumer Research, New York, v. 25, p. 366-371, 1998.

LEININGER, M. M. Culture care diversity & universality: a theory of nursing. New York: National League for Nursing Press, 1991.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1993.

LUPIÁÑEZ-VILLANUEVA, F. Health and the Internet: Beyond the Quality of Information. RevEspCardiol.2011;64:84950, 2011.

MERCADO. L.P.L. Pesquisa qualitativa online utilizando a etnografia virtual. Revista Teias v. 13 n. 30; 169-183 set./dez. 2012.

O’GRADY, L. Sensemaking and Credibility of Health Informationin Online Message Forums: A Multi-Method Study Assessing Tagging and Tag Clouds. CSCW 2010, February 6-10, 2010, Savannah, Georgia, USA.

PADDEN, C.; HUMPHRIES, T. Deaf in America - Voices from a culture.Cambridge: Harvard University Press, 1988.

PASSARELLI, B. O OBSERVATÓRIO DA CULTURA DIGITAL: A NOVA LINHA DE PESQUISA DA ESCOLA DO FUTURO DA USP. São Paulo, maio/2010.

QUADROS, Ronice M. de. & KARNOPP, Lodenir. Língua de Sinais Brasileira – Estudos Linguísticos. Porto Alegre: Artmed, 2004.

SILVA, M. F.; SILVA, M. J. P. A auto-estima e o não-verbal dos pacientes com queimaduras. RevEscEnferm USP 2004; 38(2):206-16.

STOKOE, William C. Sign Language Structure. Silver Spring: Linstok Press, 1960.

Publicado

2017-07-01

Como Citar

GEDIEL, Ana Luisa Borba; SANTOS DIAS, Mylene Mayara; FRAGA DE PAULA, Thayane. A INTERNET COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM E DIFUSÃO CULTURAL E LINGUÍSTICA DAS MULHERES SURDAS. Revista Observatório , [S. l.], v. 3, n. 4, p. 407–426, 2017. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2017v3n4p407. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3308. Acesso em: 27 abr. 2024.