Composição florística no fragmento do Parque Municipal da Mata Virgem em Dom Silvério – MG, como subsídios para elaboração do plano de manejo
Palavras-chave:
Mata Atlântica, conservação da biodiversidade, Zona da Mata Mineira, Unidades de ConservaçãoResumo
A Zona da Mata Mineira possuiu papel fundamental durante a época da extração aurífera em garantir a matriz vegetacional intacta por acreditar ser um obstáculo à penetração de pessoas e abertura de atalhos. Posteriormente, a pecuária extensiva e a cafeicultura foram fatores principais na fragmentação da paisagem, confinando os fragmentos em uma conformação de mosaico na paisagem, sem conectividade entre estes. A importância desses fragmentos na conservação da biodiversidade é salientada e esforço tem de ser feitos para estudos, conservação e preservação deste testemunho da matriz original. Com o intuito de preservação e conservação, foi implantada uma unidade amostral para estudo da vegetação no Parque Municipal da Mata Virgem, em Dom Silvério, MG. Foram amostradas 71 espécies distribuídas em 54 gêneros e 30 famílias botânicas. As famílias mais ricas foram Fabaceae com 12 espécies, Annonaceae (9), Melastomataceae (6), Rubiaceae (5), Euphorbiaceae (4) e Salicaceae com três espécies. A maior similaridade se deu com as florestas montanas e submontanas da região de Viçosa e Ponte pelo agrupamento, Por se tratar de uma unidade de conservação pública, onde existem espécies ameaçadas de extinção, medidas de manejo do Parque têm de serem criadas e efetivadas para a total preservação de sua diversidade.
Referências
APG – The Angiosperm Phylogeny Group. 2016. An Update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the Orders and Families of Flowering Plants: APG IV. Botanical Journal of the Linnean Society. DOI: 10.1111/boj.12385.
CAMPOS, E. P. 2002. Florística e estrutura horizontal da vegetação arbórea de uma ravina em um fragmento florestal no município de Viçosa-MG. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. 61 f.
COMISSÃO GEOGRÁFICA E GEOLÓGICA DE MINAS GERAIS. Viçosa. Folha nº 25 N1E3. Belo Horizonte: 1930. 1 mapa.
COMPANHIA ENERGÉTICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS – CEMIG. 1996. 13º Balanço Energético Estadual 1978/1995. Belo Horizonte. 205p.
FERREIRA-JÚNIOR, W. G.; SILVA, A. F.; MEIRA NETO, J. A. A.; SCHAEFER, C. E. G. R.; DIAS, A. S.; IGNÁCIO, M.; MEDEIROS, M. C. M. P. 2007. Composição Florística da Vegetação arbórea de um trecho de Floresta Estacional Semidecídua em Viçosa, Minas Gerais, e espécies de maior ocorrência na região. Revista. Árvore, 31(6): 1121-1130.
GOLFARI, L. 1975. Zoneamento ecológico do Estado de Minas Gerais para reflorestamento. Belo Horizonte, PRODEPEF;PNUD;FAO;IBDF. Série Técnica, 3. 65p.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 2012. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. 2a Edição, revista e ampliada. Rio de Janeiro, RJ. 275p.
IRSIGLER, D. T. 2002. Composição florística e estrutura de um trecho primitivo de Floresta Estacional Semidecidual em Viçosa, MG.. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa-MG. 61 f.
LEITÃO FILHO, H. F.; PAGANO, S. N.; CESAR, O.; TIMONI, J. L.& RUEDA, J. J. 1993. Ecologia da mata Atlântica em Cubatão (SP). São Paulo (SP), Editora da Universidade Estadual Paulista; Campinas, (SP) Editora da Universidade de Campinas. 184p.
LOPES, W. P.; PAULA, A.; SEVILHA, A. C. & SILVA, A. F. 2002. Composição da flora arbórea de um trecho de floresta estacional no Jardim Botânico da Universidade Federal de Viçosa (face sudoeste), Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, 26(3): 339-347.
MARANGON, L. C.; SOARES, J. J. & FELICIANO, A. L. P. 2003. Florística arbórea da Mata da Pedreira, município de Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, 27(2): 207-215.
MEIRA NETO, J. A. A.; SOUZA, A. L.; SILVA, A. F. & PAULA, A. P. 1997. Estudos florísticos e estruturas fitossociológicas das áreas de influência e diretamente afetada da Usina Hidrelétrica de Pilar, Vale do Rio Piranga, Zona da Mata de Minas Gerais. Relatório final. Viçosa. Minas Gerais. 130p.
MEIRA NETO, J. A. A.; SOUZA, A. L.; SILVA, A. F. & PAULA, A. 1997a. Estrutura de uma Floresta estacional semidecidual aluvial em área diretamente afetada pela usina hidrelétrica de pilar, Ponte Nova, Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, 21(2):213:220.
MEIRA NETO, J. A. A.; SOUZA, A. L.; SILVA, A. F. & PAULA, A. 1997b. Estrutura de uma Floresta Estacional Semidecidual Submontana em área diretamente afetada pela usina hidrelétrica de Pilar, Ponte Nova, Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, 21(3):337-344.
MEIRA NETO, J. A. A.; SOUZA, A. L.; SILVA, A. F. & PAULA, A. 1997c. Estrutura de uma Floresta Estacional Semidecidual Insular em área diretamente afetada pela Usina hidrelétrica de Pilar, Ponte Nova, Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, 21(4):493-500.
MEIRA NETO, J. A. A.; SOUZA, A. L. & SILVA, A. F. 1998. Estrutura de uma floresta estacional semidecidual insular em área diretamente afetada pela usina hidrelétrica de Pilar, Guaraciaba, Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Árvore, 22(2):179-184.
MEIRA NETO, J. A. A. & MARTINS, F. R. 2002. Composição florística de uma floresta estacional semidecidual Montana no município de Viçosa – MG. Revista Árvore, 26(4): 437-446.
MUELLER-DOMBOIS, D. & ELLEMBERG, H. 1974. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Willey & Sons. 574p.
PANIAGO, M. C. T. 1983. Evolução histórica e tendências de mudanças sócio-culturais na comunidade de Viçosa-MG. Viçosa, MG. Dissertação (Mestrado em Extensão Rural). Universidade Federal de Viçosa – Viçosa. 407f.
PAULA, A.; SILVA, A. F.; SOUZA, A. L. & SANTOS, F. A. M. 2002. Alterações florísticas ocorridas num período de quatorze anos na vegetação arbórea de uma Floresta Estacional Semidecidual em Viçosa, MG. Revista Árvore, 26(6): 743-749.
RIBAS, R. F.; MEIRA NETO, J. A. A.; SILVA, A. F. & SOUZA, A. L. 2003. Composição florística de dois trechos em diferentes etapas serais de uma floresta estacional semidecidual em Viçosa, Minas Gerais. Revista Árvore, 27(6): 821-830.
SAPORETTI JUNIOR, A. W. 2005. Composição florística e estrutura do componente arbóreo em um remanescente de Floresta Atlântica Montana, Araponga, MG. Dissertação (Mestrado em Botânica). Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG. 83f.
SHEPHERD, G. J. 2010. FITOPAC 2: Manual do usuário. Campinas: UNICAMP. 91p.
SILVA, A. F.; OLIVEIRA, R. V. O.; SANTOS, N. R. L. & PAULA, A. 2003. Composição florística e grupos ecológicos das espécies de um trecho de floresta semidecídua submontana da fazenda São Geraldo, Viçosa – MG. Revista Árvore, 27(3): 311-319.
SILVA, N. R. S.; MARTINS, S. V.; MEIRA NETO, J. A. A. & SOUZA, A. L. 2004. Composição florística e estrutura de uma Floresta Estacional Semidecidual Montana em Viçosa, MG. Revista Árvore, 28(3): 397-405.
SNEATH, P. H. & SOKAL, R. R. 1973. Numerical Taxonomy. San Francisco: W. H. Freeman and Company. 573p.
SOARES, M. P.; SAPORETTI JUNIOR, A. W.; MEIRA NETO, J. A. A.; SILVA, A. F. & SOUZA, A. L. 2006. Composição florística do estrato arbóreo de floresta atlântica interiorana em Araponga – Minas Gerais. Revista Árvore, 30(5): 859-870.
VALVERDE, O. 1958. Estudo regional da Zona da Mata de Minas Gerais. Revista Brasileira de Geografia, 20(1): 3-82.
VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. 1991. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro, IBGE, Departamento de Recursos Naturais e Estudos Ambientais. 124p.
VIANA, V. M. 1990. Biologia e manejo de fragmentos florestais. In: Anais do Congresso Florestal Brasileiro em Campos do Jordão. Campos do Jordão 1990. Campos do Jordão, SP. Pp. 113-117.
VIANA, V. M. & PINHEIRO, A. F. V. 1998. Conservação da biodiversidade em fragmentos florestais Série Técnica IPEF, 12 (32):25-42. Piracicaba, SP.
VIANA, R. H. O.; MEIRA NETO, J. A. A.; CARMO, F. M. S. & SILVA, A. F. 2016. Florística e análise comparativa de comunidades de floresta estacional semidecidual montana em Viçosa – MG. Revista Interface, 9:131-146.
WERNECK, M. S.; PEDRALLI, G.; KOENIG, R. & GIESEKE, L. F. 2000. Florística e estrutura de três trechos de uma floresta semidecídua na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG. Revista Brasileira de Botânica, 23:97-106.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).