DUAS ORTOGRAFIAS, UMA LÍNGUA: AS VARIEDADES KARIPUNA E GALIBI-MARWORNO DO KHEUÓL DO UAÇÁ
Palavras-chave:
línguas indígenas; ortografia; documentação linguística e cultural;Resumo
: A prática da escrita, quase sempre, está associada diretamente à chegada da educação formal estatal às comunidades indígenas. A escola, como novo espaço de uma estrutura não-indígena, desperta diversas reações, que podem ir do fascínio à total desconfiança ou rechaço. Em muitos casos, a chegada da escrita está associada ao aprendizado do português escrito e ao abandono, em maior parte dos casos forçado, de suas línguas tradicionais. O desenvolvimento de ortografias próprias para as línguas indígenas, muitas vezes, é o instrumento utilizado para manutenção e preservação da língua a partir da escola. Neste artigo vamos apresentar duas experiências distintas de construção de ortografias para línguas indígenas. Uma mais antiga e consolidada, referente à LKAX (Língua Karib Alto-Xinguana, família Karib), que compreende as variantes dialetais faladas pelos Kuikuro, Matipu, Kalapalo e Nahukwá, faladas no Parque Indígena do Xingu, no estado de Mato Grosso; e outra, mais recente e em processo de consolidação, referente ao Kheuól do Uaçá, língua crioula de base francesa, falada por pelos povos indígenas Karipuna e Galibi-Marworno, que habitam o município de Oiapoque, estado do Amapá, na fronteira com o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa.
Referências
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