A COVID-19, O PÓS-GRADUANDO STRICTO SENSU E O AUXÍLIO EMERGENCIAL: dispor ou não dispor?

Autores

  • Ricardo Cortez Lopes Universidade Aberta do Brasil/Professor Assistente
  • Gabriel Bandeira Coelho
  • Alice Hübner Franz

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2020v6n2a14pt

Palavras-chave:

COVID-19; Bolsistas de Pós-Graduação; Auxílio Emergencial.

Resumo

A COVID-19 impôs a alguns países medidas de distanciamento social, causadora de impactos econômicos. O governo brasileiro propôs medidas para dirimir esse impacto, e entre elas está o auxílio emergencial para trabalhadores autônomos e informais. Paralelamente, o funcionamento da pós-graduação stricto sensu brasileira apresenta um histórico de precarização que faz com que o bolsista tenha o perfil econômico do beneficiário desse auxílio. As agências de fomento autorizaram a acumulação, porém ainda resta a questão moral: o bolsista deve solicitá-la? O estudo problematizou essa questão com base nos dados de um questionário respondido por 63 membros de grupos de pós-graduação brasileiros.

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Publicado

2020-04-01

Como Citar

LOPES, Ricardo Cortez; COELHO, Gabriel Bandeira; FRANZ, Alice Hübner. A COVID-19, O PÓS-GRADUANDO STRICTO SENSU E O AUXÍLIO EMERGENCIAL: dispor ou não dispor? . Revista Observatório , [S. l.], v. 6, n. 2, p. a14pt, 2020. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2020v6n2a14pt. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/9367. Acesso em: 29 abr. 2024.