ABORDAGEM METODOLÓGICA NO JORNALISMO PÓS-INDUSTRIAL: o uso da netnografia em estudo sobre redação virtual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2019v5n6p75

Palavras-chave:

Netnografia; humanidades digitais; WhatsApp; SelesNafes.com

Resumo

O presente artigo objetiva analisar a netnografia como método de pesquisa no jornalismo, considerando os estudos a respeito de comunidades e culturas no espaço online. Para tanto, primeiramente, aborda o conceito de humanidades digitais e discute sobre o cenário pós-industrial. Também debate acerca das aproximações e diferenças que permeiam as definições de etnografia e netnografia para, em seguida, elucidar a aplicação metodológica no site amapaense SelesNafes.com. O referido veículo, desde janeiro de 2018, substituiu a redação física e os conteúdos são enviados exclusivamente por meio do grupo no WhatsApp. Espera-se que a investigação contribua com as pesquisas que investiguem as novas adaptações da atividade jornalística.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivan Bomfim, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Professor do Departamento de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), pós-doutor em Ciências da Comunicação pela Unisinos, doutor e mestre em Comunicação e Informação pela UFRGS. É um dos coordenadores do Grupo de Estudos e Pesquisas em Mídias Digitais (UEPG/CNPq). E-mail: ivanbp17@gmail.com. Orcid: 0000-0003-3109-5017.

Larissa Cantuária Lucena, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Mestranda em Jornalismo pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), com bolsa Capes. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Federal do Amapá (Unifap). Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Mídias Digitais (UEPG/CNPq). E-mail: larissacantuaria8@gmail.com. Orcid: 0000-0003-0592-0984.

Referências

AMARAL, A. Etnografia e pesquisa em cibercultura: limites e insuficiências metodológicas. In: Revista USP, São Paulo, n. 86, 2010.

______; NATAl, G.; VIANA, L. Netnografia como aporte metodológico da pesquisa em comunicação digital. In: Revista Sessões do Imaginário, Porto Alegre, v. 2, n. 20, dez./2008.

ANDERSON, C.; BELL, E.; SHIRKY, C. Jornalismo pós-industrial. In: Revista de Jornalismo ESPM, São Paulo, n. 5, ano 2, abr./jun. 2013.

BAIBAR, Á. Las Humanidades Digitales desde sus centros y periferias. In: Humanidades Digitales: una aproximación transdisciplinar, 2014.

BERRY, David. The computational turn: thinking about the digital humanities. Culture Machine, v. 12.

CASTRO, C. Textos básicos de antropologia: cem anos de tradição: Boas, Malinowski, Lévi - Strauss e outros. Rio de Janeiro: Zahar, 2016.

CHARRON, J.; BONVILLE, J. Natureza e transformação do jornalismo. Florianópolis: Insular; Brasília: FAC Livros, 2016.

COHEN, D. Digital Journalism and Digital Humanities, 2012.

COTTLE, S. Ethnography and News Production: New(s) Developments in the Field. In: Sociology Compass, v. 1, 2007.

DAWSEY, J. Descrição tensa (Tension-Thick Description): Geertz, Benjamin e Performance. In: Revista de Antropologia, São Paulo, v. 56, n. 2, 2013.

FLORES, J. M. Perfis profesionales del ciberperiodismo y los nuevos médios. Madrid: Sintesis, 2017.

FOLETTO, L. F. Um mosaico de parcialidades na nuvem coletiva: rastreando a mídia ninja (2013 - 2016). 224f. Tese (Doutorado em Comunicação e Informação) - Programa de Pós-Graduação em Doutorado em Comunicação e Informação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017.

FRAGOSO, S.; RECUERO, R.; AMARAL, A. Métodos de pesquisa para internet. Porto Alegre: Sulina, 2011.

GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1989.

KOZINETS, R. Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso, 2014.

LAGO, C. Antropologia e jornalismo: uma questão de método. In: LAGO, C.; BENETTI, M. (Orgs.). Metodologia de Pesquisa em Jornalismo. Petrópolis: Vozes, 2007.

LEVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: 34, 1999

LONGHI, R.; WINQUES, K. O lugar do longform no jornalismo online: qualidade versus quantidade e algumas considerações sobre o consumo. In: Brazilian Journalism Research, v. 1, n. 1, 2015.

MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril Cultural, 1978.

NETO, C. S. et al. “Netnografia”: uma abordagem para estudos de usuários no ciberespaço. In: Cadernos BAD, Ponte Delgada, n. 9, 2007.

OLIVEIRA, R. De Bali às Terras Grapiúnas: representações culturais nas brigas de galo. In: ENCONTRO DE ESTUDOS MULTIDISCIPLINARES DE CULTURA, 6, 2010. Anais... Disponível em: <http://www.cult.ufba.br/wordpress/24714.pdf>. Acesso em 24 de março de 2019.

PEIRANO, M. Etnografia não é método. In: Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 20, n. 42, jul./dez. 2014.

PEREIRA, F. H.; ADGHIRNI, Z. L. O jornalismo em tempo de mudanças estruturais. In: Intexto, Porto Alegre, n. 24, jan./jun. 2011.

REINO, L. et al. Jornal pelo WhatsApp: o papel do aplicativo na rotina produtiva do Correio Popular. In: Revista Brasileira de Ensino de Jornalismo, Brasília, v. 8, n. 23, dez. 2018.

ROCHA, P.; MONTARDO, S. Netnografia: incursões metodológicas na cibercultura. In: E-Compós, Brasília, v. 4, 2005.

RODRÍGUEZ ORTEGA; N. Prólogo: Humanidades Digitales y pensamiento crítico. In: Ciencias Sociales y Humanidades Digitales: técnicas, herramientas y experiencias de e-Research e investigación en colaboración. Tenerife: CAC, 2014.

______. Las Humanidades Digitales: un marco de reflexión crítica sobre la cultura II, 2016.

SÁ, S. Netnografias nas redes digitais. In: PRADO; J. L. A. (Org.). Crítica das Práticas Midiáticas – Da Sociedade de Massa às Ciberculturas. São Paulo: Hacker, 2002.

SALAVERRÍA, R. Mídia e Jornalistas, um futuro em comum? In: Revista Parágrafo, São Paulo, v. 3, n. 1, jan./jun. 2015.

SILVA, N. A convergência das redações e as divergências nos jornalistas. In: Revista de Ciências e Tecnologias de Informação e Comunicação, 2013.

SILVA, F. Jornalismo móvel. Salvador: EDUFBA, 2015

TRAVANCAS, I. O mundo dos jornalistas. São Paulo: Summus, 1993.

TUCHMAN, G. La Producción de la Noticia. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 1993.

VIZEU, A. Decidindo o que é notícia. Os bastidores do telejornalismo, 2005.

WAISBORD, S. Afterward: Crisis, what crisis? In: PETERS, C.; BROESMA, M. (Org.). Returning journalism again: societal role and public relevance in the digital age. London: Routledge, 2017.

Downloads

Publicado

2019-10-01

Como Citar

BOMFIM, Ivan; LUCENA, Larissa Cantuária. ABORDAGEM METODOLÓGICA NO JORNALISMO PÓS-INDUSTRIAL: o uso da netnografia em estudo sobre redação virtual. Revista Observatório , [S. l.], v. 5, n. 6, p. 75–108, 2019. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2019v5n6p75. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/6968. Acesso em: 26 dez. 2024.