INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS SOB A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2023v9n1a43pt

Palavras-chave:

Produto Tradicional, Revisão de Literatura, Dimensões da sustentabilidade

Resumo

Enquanto a globalização promove a homogeneização do consumo, é possível observar nos últimos anos uma mudança no comportamento dos consumidores para a valorização dos produtos locais produzidos tradicionalmente. Neste âmbito estão as Indicações Geográficas, responsáveis ​​por identificar a origem de um determinado produto ou serviço quando o seu local de origem se tornou conhecido pela sua produção ou quando determinada qualidade do produto está ligada à sua origem demográfica. Também preservam as tradições locais e o ambiente natural, além de favorecer o acesso dos agricultores ao mercado, o que faz com que esses rótulos sejam vistos como uma ferramenta de desenvolvimento. Portanto, este trabalho verifica o potencial das IGs em contribuir com as dimensões do desenvolvimento sustentável (DS), que são econômicas, sociais e ambientais. Foi realizada uma revisão bibliográfica da literatura. Os resultados mostram que uma IG pode contribuir para as três dimensões da sustentabilidade, que são social, econômica e ambiental.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Arfini, F.; Antonioli, F.; Cozzi, E.; Donati, M.; Guareschi, M.; Mancini, M. C.; Veneziani, M. (2019). Sustainability, innovation and rural development: The case of Parmigiano-Reggiano PDO. Sustainability, 11(18), pp. 4978. Disponível em: https://doi.org/10.3390/su11184978. (Acesso em: 14 fev. 2022).

Arfini, F.; Cozzi, E.; Mancini, M. C.; Gil, J. M. (2019a). Are Geographical Indication Products Fostering Public Goods? Some Evidence from Europe. Sustainability, 11(1), pp. 272. Disponível em: https://doi.org/10.3390/su11010272. (Acesso em: 04 fev. 2022).

Bardají, I.; Iráizoz, B.; Rapún, M. (2009). The effectiveness of the European agricultural quality policy: A price analysis. Spanish Journal of Agricultural Research, 7(4), pp. 750-758. Disponível em: https://doi.org/10.5424/sjar/2009074-1089. (Acesso em: 04 maio. 2022).

Calegare, M. & Silva Júnior, N. (2011). Progresso, Desenvolvimento Sustentável e abordagens diversas de desenvolvimento: uma sucinta revisão de literatura. Desenvolvimento e Meio Ambiente, 24, pp. 39-56. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5380/dma.v24i0.21528. (Acesso em: 25 jan. 2022).

Cei, L.; Defrancesco, E.; Stefani, G. (2018). From geographical indications to rural development: A review of the economic effects of European Union policy. Sustainability, 10(10), pp. 3745. Disponível em: https://doi.org/10.3390/su10103745. (Acesso em: 20 nov. 2021).

Cervo, A. L. & Bervian, P. A. (2002). Metodologia Científica. São Paulo: Pearson Prentice Hall.

Dal Ferro, N. & Borin, M. (2017). Environment, agro-system and quality of food production in Italy. Italian Journal of Agronomy, 12(2), pp. 133-143. Disponível em: https://doi.org/10.4081/ija.2017.793. (Acesso em: 20 out. 2022).

Dias, R. (2009). Gestão ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São Paulo: Atlas.

Doernberg, A.; Piorr, A.; Zasada, P.; Wascher, D.; Schmutz, U. (2022). Sustainability assessment of short food supply chains (SFSC): developing and testing a rapid assessment tool in one African and three European city regions. Agriculture and Human values, 39(2), pp. 885-904. Disponível em: https://doi.org/10.1007/s10460-021-10288-w. (Acesso em: 09 jun. 2022).

Elo, S. & Kyngäs, H. (2008). The qualitative content analysis methods to conduct process. Journal of Advanced Nursing, 62(1), pp. 107-115. Disponível em: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.2007.04569.x. (Acesso em: 11 abr. 2022).

Fagundes, P. M.; Padilha, A. M. C.; Sluszz, T.; Padula, A. D. (2012). Geographical indication as a market orientation strategy: An analysis of producers of high-quality wines in Southern Brazil. Database Marketing & Customer Strategy Management. 19(3), pp. 163–178. Disponível em: https://link.springer.com/content/pdf/10.1057/dbm.2012.18.pdf. (Acesso em: 01 jul. 2022).

Fao (2014). Food and Agriculture Organization. Sustainability Assessment of Food and Agriculture systems, Guidelines. Disponível em: https://www.fao.org/nr/sustainability/sustainability-assessments-safa/en/. (Acesso em: 27 abr. 2023).

Froehlich, J. & Corchuelo, S. A. (2017). GIs and environmental conservation-notes on experiences in different Iberian-American contexts1. Ambiente & Sociedade, 20(1), pp. 65-82. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1809-4422ASOC20150031R1V2012017. (Acesso em: 23 set. 2022).

Fronzaglia, T. (2021). A prospectiva territorial e as indicações geográficas: caminhos do desenvolvimento. In: Vieira, A.C.P.; Bruch, K.L.; Locatelli, L.; Barbosa, P.M. (orgs.). Indicação Geográfica, signos coletivos e desenvolvimento, cap. 2, pp. 20-34.

García-Hernández, C., Ruiz-Fernández, J., & Rodríguez-Gutiérrez, F. (2022). Geographical indications in cheese mountain areas: Opportunity or threat to landscape and environmental conservation? the case of cabrales (spain). Applied Geography, 146 doi:10.1016/j.apgeog.2022.102753. (Acesso em: 27 abr. 2023).

Inpi. National Institute of Industrial Property. (2019). Caderno de especificações técnicas. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/indicacao-geografica/arquivos-publicacoes-ig/guia-das-igs-caderno-de-especificacoes-tecnicas#:~:text=O%20Caderno%20de%20Especifica%C3%A7%C3%B5es%20T%C3%A9cnicas,condi%C3%A7%C3%A3o%20do%20uso%20da%20Indica%C3%A7%C3%A3o. (Acesso em: 25 fev. 2023).

Inpi. National Institute of Industrial Property. (2020). Serviços: Indicação Geográfica. Pedidos de Indicação Geográfica concedidos e em andamento. Disponível em: http://www.inpi.gov.br/menu-servicos/indicacao-geografica/pedidos-de-indicacao-geografica-no-brasil. (Acesso em: 03 jan. 2020).

Inpi. National Institute of Industrial Property. (2023). Lista de IGs Nacionais e Internacionais Registradas. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/sustentabilidade/indicacao-geografica/listaigs. (Acesso em: 30 jan. 2023).

Jannuzzi, P. M. & Carlo, S. (2018). Da agenda de desenvolvimento do milênio ao desenvolvimento sustentável: oportunidades e desafios para planejamento e políticas públicas no século XXI. Bahia análise & dados, Salvador, 28(2), pp. 6-27, jul./dez. Disponível em: http://www.cge.rj.gov.br/interativa/wp-content/uploads/2019/07/Texto-complementar-3.pdf. (Acesso em: 30 mar. 2023).

Jenoveva Neto, R.; Freire, P. S.; Vieira, A. C. P. Zilli, J. C. (2016). Vales da uva goethe: Uma análise do processo de institucionalização da indicação geográfica para o desenvolvimento socioeconômico. Revista GEINTEC, 6(1), pp.2894-2908. doi:10.7198/S2237-0722201600010013. (Acesso em: 13 mar. 2023).

Joosse, S., Olders, P., & Boonstra, W. J. (2021). Why are geographical indications unevenly distributed over europe? British Food Journal, 123(13), 490-510. doi:10.1108/BFJ-01-2021-0107. (Acesso em: 27 abr. 2023).

Marescotti, A.; Quiñones-Ruiz, X.F.; Edelmann, H.; Belletti, G.; Broscha, K.; Altenbuchner, C.; Penker, M.; Scaramuzzi, S. (2020). Are protected geographical indications evolving due to environmentally related justifications? An analysis of amendments in the fruit and vegetable sector in the European Union. Sustainability, 12(9), pp. 3571. Disponível em: https://doi.org/10.3390/su12093571. (Acesso em: 15 jan. 2023).

Niederle, P. A. (2009). Controvérsias sobre a noção de indicações geográficas enquanto instrumento de desenvolvimento territorial: a experiência do Vale dos Vinhedos em questão. In. Sober, 47., 2009, Brasil. Anais... Porto Alegre, pp. 01-21. Disponível em: https://www.academia.edu/1951536/Controv%C3%A9rsias_sobre_a_no%C3%A7%C3%A3o_de_Indica%C3%A7%C3%B5es_Geogr%C3%A1ficas_enquanto_instrumento_de_desenvolvimento_territorial_a_experi%C3%AAncia_do_Vale_dos_Vinhedos_em_quest%C3%A3o. (Acesso em: 18 fev. 2023).

Pereira, M. E. G.; Lourenzani, A. E. B. S.; Watanabe, K. (2018). Indicações Geográficas como estratégia de desenvolvimento: o caso do Norte Pioneiro do Paraná. Interações, Campo Grande, 19(3), p. 515-528, jul./set. Disponível em: https://doi.org/10.20435/inter.v19i3.1654. (Acesso em: 18 jun. 2022).

Petruang, N., & Napasintuwong, O. (2022). Economic sustainability of Geographical Indication indigenous rice: the case of Khao Sangyod Muang Phatthalung, Thailand. Asian Journal of Agriculture and Rural Development, 12(2), 104-112. doi:10.55493/5005.v12i2.4467. (Acesso em: 27 abr. 2023).

Pivetta, M. (2021). Um Brasil de Origem. Pesquisa Fapesp, ed. 309, 2021. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/um-brasil-de-origem/. (Acesso em: 05 set. 2022).

Radić, I., Monaco, C., Cerdan, C., & Peri, I. (2023). Establishing communities of value for sustainable localized food products: The case of mediterranean olive oil. Sustainability (Switzerland), 15(3) doi:10.3390/su15032236. (Acesso em: 27 abr. 2023).

Raustiala, K. & Munzer, S. R. (2007). The global struggle over geographic indications. European Journal of International Law, 18(2), pp. 337-365. Disponível em: https://doi.org/10.1093/ejil/chm016. (Acesso em: 09 out. 2022).

Sellitto, M. A., Vial, L. A. M., & Viegas, C. V. (2018). Critical success factors in short food supply chains: Case studies with milk and dairy producers from italy and brazil. Journal of Cleaner Production, 170, 1361-1368. doi:10.1016/j.jclepro.2017.09.235. (Acesso em: 27 abr. 2022).

UN. United Nations. (2015). Transformando nosso mundo: a Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável. Disponível em: https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf. (Acesso em: 12 jan. 2020).

Vandecandelaere, E.; Samper, L.F.; Rey, A.; Daza, A.; Mejía, F.; Tatanac, F.; Vittori, M. (2021). The geographical indication pathway to sustainability: A framework to assess and monitor the contributions of geographical indications to sustainability through a participatory process. Sustainability, 13(14), pp.1-20. Disponível em: https://doi.org/10.3390/su13147535. (Acesso em: 19 out. 2022).

Wang, Q. & Waltman, L. (2016). Large-scale analysis of the accuracy of the journal classification systems of Web of Science and Scopus. Journal of informetrics, 10(2), pp. 347-364. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.joi.2016.02.003. (Acesso em: 02 jul. 2022).

Publicado

2023-12-31

Como Citar

CARDOSO, Vitória Aparecida; RODRIGUES, João Augusto; CAMPOS, Amanda dos Santos Negreti; LOURENZANI, Ana Elisa Bressan Smith. INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS SOB A PERSPECTIVA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. Revista Observatório , [S. l.], v. 9, n. 1, p. a43pt, 2023. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2023v9n1a43pt. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/16534. Acesso em: 29 abr. 2024.