Sobre vivência e testemunho no Documentário Performático Heroicizante
DOI :
https://doi.org/10.20873.24.4024Mots-clés :
Cárcere, Sobrevivência, Testemunho, Que bom te ver viva.Résumé
Analisaremos no presente estudo a relação entre sobrevivência e trauma e sua relação com o testemunho no documentário Que bom te ver viva (1989), de Lúcia Murat e a construção da personagem anônima e as testemunhantes de suas experiências no cárcere, correlacionando a vida presente e suas formas continuar a luta e a resistência. Vemos em outros documentários a emergência do testemunho como estratégia de construção da categoria Documentário Performático Heroicizante (DPH) e suas relações com o as categorias testemunho testis, superste e arbiter. Observaremos como o testemunho é questionado pela narradora, pois não aceita a “pseudo” normalidade descrita pelas testemunhas, pois, para a “narradora” de Que bom te ver viva, é preciso compreende a necessidade e a impossibilidade de superar o trauma. Serão fundamentais para a análise as reflexões de Benveniste (1969), Seligmann-Silva (2001; 2008) e [retirado avaliação às cegas] (2021, 2019, 2016), sobre o testemunho. Cornelsen (2019) e Didi-Huberman (2000, 2013); sobre a sobrevivência, entre outros.
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