NEOIMPÉRIO, IDENTIDADE E SUBALTERNIDADE
UMA ANÁLISE PÓS-COLONIAL DA IDENTIDADE DOS PERSONAGENS EM O VELHO E O MAR, DE ERNEST HEMINGWAY
Palavras-chave:
Identidade; Literatura; Neoimperialismo; Subalternidade.Resumo
Este estudo tem como objetivo desenvolver uma análise pós-colonial do romance de língua inglesa O Velho e o Mar (1952), do escritor norte-americano Ernest Hemingway (1899-1961), a partir de uma visão focada na formação identitária dos personagens retratados na narrativa. Para tanto, considera-se o contexto predominante do neoimperialismo norte-americano em Cuba, que abrange a primeira metade do século XX, período em que a obra foi produzida. A utilização da teoria pós-colonial para esta pesquisa se justifica devido a sua relevância nos Estudos Culturais, especialmente quando seus conceitos são aplicados na literatura, sobretudo na sua proposta de promover uma reflexão acerca da condição de subalternidade atribuída ao sujeito colonizado pelo poder colonial. Assim, pelo método analítico, os personagens serão observados como as principais peças afetadas pelo sistema neocolonial dos Estados Unidos, o que os define como membros marginalizados perante o Império. Portanto, as contribuições de teóricos como Ashcroft, Griffiths e Tiffin (1989, 2007), Bonnici (2000, 2005) Bosi(1992), Memmi (2007), dentre outros, serão fundamentais para a produção deste trabalho, e auxiliarão na atenção à leitura do corpus como uma imagem da singularidade subalternizada determinada pelo colonizador americano ao cubano colonizado.
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