As capitais brasileiras e suas designações para isqueiro
Um estudo com os dados do ALiB
Palavras-chave:
Atlas Linguístico do Brasil; Variação lexical; Capitais brasileirasResumo
Esta pesquisa vincula-se ao projeto Atlas Linguístico do Brasil – ALiB – e se insere no campo dos estudos lexicais que, no português brasileiro, reflete as inúmeras variações existentes. Com base nos pressupostos teórico-metodológicos da Geolinguística Pluridimensional, propomos verificar as designações para isqueiro por meio das respostas obtidas para a questão 173 do Questionário Semântico-Lexical do ALiB (COMITÊ NACIONAL, 2001) “Para acender um cigarro, se usa fósforo ou?”. O corpus constitui-se dos dados registrados nas capitais brasileiras, exceto Palmas e Brasília, perfazendo um total de 200 informantes, estratificados segundo as variáveis sexo (masculino e feminino), faixa etária (18 a 30 anos e 50 a 65 anos) e escolaridade (nível fundamental e nível superior). Para tanto, objetivamos: (i) fazer um levantamento das variantes registradas nas capitais do Brasil; (ii) mapear a distribuição dessas variantes pelo território brasileiro; (iii) identificar quais as variáveis que contribuem para a escolha de uma ou outra designação; (iv) se possível, traçar áreas de isoléxicas.
Referências
AULETE, Caldas. Dicionário contemporâneo da língua portuguesa. III volume. Rio de Janeiro: Delta, 1958.
BASSI, Alessandra; MARGOTTI, Felício Wessling. Um estudo geolinguístico nas capitais brasileiras das variantes lexicais para a brincadeira infantil amarelinha. In: ALTINO, F. C. Múltiplos olhares sobre a diversidade linguística: uma homenagem à Vanderci de Andrade Aguilera. Londrina: Midiograf, 2012, p. 49-78.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. A ciência da lexicografia. São Paulo: Alfa, 1984.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. O léxico, testemunha de uma cultura. Actas do XIX Congresso Internacional de Linguística e Filoloxía Românicas. Universidade de Santiago de Compostela, 1989.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Dimensões da palavra. Filologia e linguística portuguesa. n. 2, 1998. p. 81-118.
CÂMARA JR, Joaquim Mattoso. História e estrutura da língua portuguesa. 4ª ed. Rio de Janeiro: Padrão, 1985.
CARDOSO, S. A. M.. A Dialectologia no Brasil: Perspectivas. Revista Delta. Vol.15, 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php>. Acesso em: 20 set. 2015.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 3ª ed. Curitiba: Positivo, 2004.
HOUAISS, Antonio; VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss de língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
MARTON, Fábio. A ciência de um isqueiro. Revista Superinteressante. Disponível em: <http://super.abril.com.br/ciencia/a-ciencia-de-um-isqueiro>. Acesso em: 20 set. 2015.
MORENO FERNÁNDEZ, Francisco. Principios de sociolingüística y sociología del lenguaje. Barcelona: Editorial Ariel, 1998.
ROMANO, Valter Pereira; SEABRA, Rodrigo Duarte; OLIVEIRA, Nathan. [SGVCLin] - Software para Geração e Visualização de Cartas Linguísticas. Revista de Estudos da Linguagem. Vol. 22, n. 1, 2014. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/relin/article/view/5757>. Acesso em: 07 abr. 2017.
SEABRA, Rodrigo Duarte; ROMANO, Valter Pereira; OLIVEIRA, Nathan. 2014. [SGVCLin] - Software para Geração e Visualização de Cartas Linguísticas. Versão 1.1. Mídia em CD-ROM e manual explicativo impresso.
VILELA, Mário. Estudos de lexicologia do português. Coimbra: Almedina, 1994.
VOCABULÁRIO de termos e expressões populares e regionais. Disponível em: <http://www.consciencia.org/vocabulario-de-termos-e-expressoes-regionais-e-populares>. Acesso em: 13 mar. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).