VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E BNCC: UM OLHAR PARA O ENSINO MÉDIO

Autores

Resumo

A Variação Linguística se faz presente em vários lugares, a saber: região, município, estado e país, isso ocorre porque a língua é heterogênea e ligada aos fatores de ordem social. Um dos espaços em que mais se evidencia tal diversidade é na escola, pois há alunos oriundos de diversas culturas, situações socioeconômicas e de diferentes lugares. Com isso, em 1997, o Ministério da Educação lançou mão de um documento denominado Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCN (1997), com o fito de orientar a educação do Brasil, uma vez que no contexto educacional brasileiro os docentes ensinavam a Língua Portuguesa com um método tradicionalista. Posteriormente, em 2017, pautado na premissa de que os alunos devem desenvolver um conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens, o Ministério da Educação (MEC) promoveu a realização de um novo documento, esse por sua vez, nomeado BNCC, Base Nacional Comum Curricular (2017/2018). Assim, o presente trabalho visa analisar se a variação linguística é abordada e orientada no novo guia educacional (BNCC), dentro das séries do Ensino Médio. Tratar-se-á do assunto baseando-nos na pesquisa documental, sob o viés da Sociolinguística, uma vez que ela aborda sobre as vertentes sociais que devem ser consideradas quando se trata de variação linguística. O resultado da reflexão acerca do assunto evidencia que a BNCC considera em sua estrutura a importância de se trabalhar a variação linguística em sala de aula.

Biografia do Autor

Dalve Oliveira Batista-Santos, Universidade Federal do Tocantins

Doutora e mestra em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professora da Universidade Federal do Tocantins - UFT. Atua na Graduação em Letras - Língua Portuguesa e no Programa de Mestrado em Letras (PPGLetras), no Câmpus de Porto Nacional.

Bruna Lorraynne Dias Menezes , UFT

Graduada em Letras na Fundação Universidade Federal do Tocantins - UFT- Porto Nacional. Mestanda pelo Programa de Pós Graduação em Letras, na Universidade Federal do Tocantins, campus de Porto Nacional.

Greize Alves da Silva, UFT

Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Estadual de Londrina. Professora adjunta do curso de Letras, da Fundação Universidade Federal do Tocantins, campus de Porto Nacional. Autora do "Atlas Linguístico Topodinâmico e Topoestático do Estado do Tocantins (ALiTTETO). Coordena o Projeto "FALARES NO TOCANTINS: PLURIVARIETALIDADE DIALETAL E CONTEXTO MIGRATÓRIO".

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Publicado

2020-10-13

Como Citar

Batista-Santos, D. O., Lorraynne Dias Menezes , B. ., & Alves da Silva, G. . . (2020). VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E BNCC: UM OLHAR PARA O ENSINO MÉDIO. Porto Das Letras, 6(3), 316–336. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/9733

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