O último voo do flamingo: um caminho de resistência

Autores

  • Michelle Aranda Facchin UNESP

Palavras-chave:

Mia Couto, resistência, narrativa

Resumo

Este artigo aponta alguns elementos de resistência identificados no romance O último voo do flamingo (2005), baseando-se no estudo de Bosi em Literatura e resistência (2002) e na obra O ser e o tempo da poesia (1977). Além dessas duas obras, o presente estudo baseia-se na teoria crítica do pós-colonial.  As narrativas de Mia Couto são, como ele afirma, “uma resposta pouca perante os fazedores de guerra e construtores da miséria” (COUTO, 2005, p. 225). Para ele, O último voo do flamingo reinveste na palavra “o mágico reinício de tudo” quando retrata os personagens fazendo da folha em que escreviam um pássaro de papel e lançando-o ao abismo, como esperança de um recomeço para Moçambique. Concluímos que a literatura miacoutiana elabora novas possibilidades de pensar a África atual, o que caracteriza a sua literatura como escrita de resistência conforme demonstrado neste artigo, porque sugere caminhos para uma reelaboração de Moçambique e para repensar questões como: a colonização, a cultura africana pré e pós-colonial.

Biografia do Autor

Michelle Aranda Facchin, UNESP

Doutoranda nos Programa de Letras da Unesp de São José do Rio Preto, sob orientação da Flávia Nascimento Falleiros.

Realiza pesquisa sobre a obra de Mia Couto.

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Publicado

2016-12-22

Como Citar

Facchin, M. A. (2016). O último voo do flamingo: um caminho de resistência. Porto Das Letras, 2(2). Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/2557