O PÓS-COLONIALISMO NA OBRA DE MIA COUTO, A CONFISSÃO DA LEOA

Autores

  • Egly Stérfane da Silva Borges Universidade Federal do Tocantins

Palavras-chave:

Moçambique; Feminismo; Patriarcalismo; Pós - colonial

Resumo

Este artigo tem como objetivo abordar as consequências do pós-colonialismo na vida das mulheres moçambicanas a partir da leitura da obra A confissão da leoa, de Mia Couto. Investigaremos os traços da colonialidade que estão presentes na vida da protagonista do romance, Mariamar, e como estas práticas estão dispostas na cultura, na religião e nas tradições. Desse modo, através das perspectivas dos estudos feministas e dos estudos pós-coloniais, busca-se examinar como são reproduzidas as invisibilidades e subalternidades da mulher moçambicana; e de que maneira o contexto da obra, que retrata um período pós-colonial seguido de uma guerra civil logo após a independência do país, contribui no modo de se pensar a mulher de Moçambique que continua sofrendo com um sistema violento legitimado pelas tradições, podendo ser relacionado com as práticas do colonizador português. Ainda refletiremos de que maneira a literatura pode contribuir para a discussão destas questões que, ainda, permeiam os dias atuais segregando os povos.

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Publicado

2021-07-29

Como Citar

Borges, E. S. da S. (2021). O PÓS-COLONIALISMO NA OBRA DE MIA COUTO, A CONFISSÃO DA LEOA. Porto Das Letras, 7(Especial), 113–124. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/11458

Edição

Seção

Literaturas de Língua Portuguesa e de Língua Inglesa, Cultura e Política