Inwardness and Maternal Fantasies in Shakespeare
Resumo
Este artigo discute a oposição entre interioridade, exterioridade e fantasias maternas no drama de Shakespeare. Interioridade é um conjunto de sensações, sentimentos, emoções, angústias e pensamentos do indivíduo que configuram uma espécie de prenúncio da subjetividade renascença. Para tanto, serão discutidas as noções de interioridade, projeção subjetiva das figuras masculinas para com as femininas, bem com as fantasias masculinas projetadas nas figuras femininas. Assim, serão adotados, principalmente, os aportes teóricos de Adelman (1992) e Maus (1995). A análise permite verificar um universo de projeções masculinas sobre as figuras femininas, que são expressadas por meio de raiva, ressentimento, desconfiança e violência contra as figuras femininas nas peças de Shakespeare.
Referências
ADELMAN, Janet. Suffocating Mothers: fantasies of maternal origin in Shakespeare’s plays, Hamlet to Tempest. New York: Routledge, 1992.
AUDEN, W. Othello: New critical essays. New York: Routledge, 2002.
BAMBER, Linda. Comic Women, Tragic Men: a Study of Gender and Genre in Shakespeare. California: Stanford University Press, 1982.
BATES, A. W. Emblematic Monsters: Unnatural Conceptions and Deformed Births in Early Modern Europe. Amsterdam: Rodopi, 2005.
DESINBERRE, Juliet. Shakespeare and the Nature of Women. 2a. ed. London: MacMillan, 1996.
ECCLES, Audrey. Obstetrics and Gynaecology in Tudor and Stuart England. Kent, Ohio: Kent State University Press, 1982.
GREENBLATT, Stephan. Renaissance Self-Fashioning: From More to Shakespeare. Chicago: The University of Chicago Press, 1984.
LACAN, J. Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.
LUDWIG, C. R. Judgment, Conscience and Shylock’s Bond. Porto das Letras, v. 6, n. 2, p. 296–325, 2020.
MAUS, Katharine Eisaman. Inwardness and Theater in the English Renaissance. Chicago e London: University of Chicago Press, 1995.
McGINN, Colin. Shakespeare’s Philosophy: Discovering the Meaning behind the Plays. New York: Harper, 2007.
MULLER CAMOZZATO, N. Vozes Dissonantes, Gênero e Heterotopia. Porto das Letras, V. 6, n. 1, p. 250–275, 2020.
SHAKESPEARE, William. Complete Works. Londres: Wordsworth Editions, 2007.
SHAKESPEARE, William. Hamlet. Editado por Harold Jenkins. London: Arden, 1997.
SHAKESPEARE, William King Lear. Edited by Bernard Lott. Essex: Longman, 1987.
SHAKESPEARE. Macbeth. Edited by Kenneth Muir. London: Arden, 2003.
SHAKESPEARE. The Merchant of Venice. Editado por John Drakakis. Londres: Arden, 2010.
STAUFER, Donald A. Shakespeare’s World of Images: The Development of his Moral Ideas. New York: Norton, 1949.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores concordam com os termos da Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a esta submissão caso seja publicada nesta revista (comentários ao editor podem ser incluídos a seguir).