ENQUADRAMENTOS JORNALÍSTICOS DAS QUESTÕES INDÍGENAS EM DOIS JORNAIS REGIONAIS
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2025v11n1a18ptPalavras-chave:
Enquadramento jornalístico, Jornalismo, IndígenasResumo
Este artigo analisou os significados encontrados em coberturas voltadas para as questões indígenas no Espírito Santo, realizadas em 2022. Os portais capixabas Século Diário e Folha Vitória, de linhas editoriais distintas, foram escolhidos para a coleta do corpus. A partir da metodologia do enquadramento noticioso e da leitura de pesquisadores como Erving Goffman (1974; 1986) e Robert Entman (1993), objetivou-se decodificar as escolhas realizadas por jornalistas ao produzirem notícias e reportagens sobre as questões indígenas. Também procurou-se esclarecer os possíveis impactos e consequências sociais. Concluiu-se que há uma disparidade nas coberturas, além do uso de quadros que acentuam o silenciamento dos indígenas.
Downloads
Referências
Baracho, L. F., et al. (2023). A política externa brasileira a partir da imprensa: um estudo exploratório sobre o enquadramento dos principais jornais brasileiros. Revista de Sociologia e Política, 31, 1–23. https://www.scielo.br/j/rsocp/a/4588f3WTWrp4BzL5FkK3Tmt/?format=pdf&lang=pt
Bentivoglio, J. (2017). Os Puri. Editora Milfontes. https://editoramilfontes.com.br/acervo/Os_Puri.pdf
Cardoso, C. (2020). Jornalismo local, cultura e património: o caso de Arouca. In P. Jerónimo & J. C. Correia (Orgs.), O pulsar da proximidade nos media e no jornalismo (pp. 15–30). Editora LabCom - Comunicação e Artes.
Carvalho, C. A. de. (2009). Sobre limites e possibilidades do conceito de enquadramento jornalístico. Contemporânea - Revista de Comunicação e Cultura, 7(2), 1–15. https://periodicos.ufba.br/index.php/contemporaneaposcom/article/view/3701
Entman, R. M. (1993). Framing: Toward clarification of a fractured paradigm. Journal of Communication, 43(4), 51–58. https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1460-2466.1993.tb01304.x
Franciscato, C. E., & Góes, J. C. (2012). Contribuições da teoria do enquadramento para compreender o sensacionalismo no jornalismo. Animus - Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 11(22), 291–310. https://periodicos.ufsm.br/animus/article/view/6564
Goffman, E. (1974). Frame analysis: An essay on the organization of experience. Harvard University Press.
Goffman, E. (1986). Frame analysis: An essay on the organization of experience. Northeastern University Press.
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2023). Censo Brasileiro de 2022. IBGE.
Marques, M. (2005). As mudanças nas rotinas de produção das agências de notícias com a consolidação da internet no Brasil [Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília].
Mendes, M. (2015). Nós, vocês e eles: a luta pela representação dos indígenas na arena das cartilhas. Animus - Revista Interamericana de Comunicação Midiática, 14(27), 17–37. https://periodicos.ufsm.br/animus/article/view/16946
Moreira, V. M. L., & Oliveira, T. G. de. (2022). Povos indígenas no Espírito Santo: desafios da invisibilidade histórica e protagonismo político-social. Revista do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 6(11), 8–13. https://ape.es.gov.br/Media/ape/PDF/Revista_APEES_numero_11_ISSN2763535X.pdf
Moreira, V. M. L. (2002). Terras indígenas do Espírito Santo sob o regime territorial de 1850. Revista Brasileira de História, 22(43), 153–169. https://www.scielo.br/j/rbh/a/5Z6L7yJgRt6ZqGD9FzKkXZs/?lang=pt
Nascimento, R. C. do. (2022). De heróis a inimigos: a representação dos índios na historiografia capixaba. Revista do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo, 6(11), 25–39. https://ape.es.gov.br/Media/ape/PDF/Revista_APEES_numero_11_ISSN2763535X.pdf
Pelegrino, R. da S., & Oliveira, L. A. de. (2021). Pandemia, cultura indígena e visibilidade midiática: uma análise do enquadramento. In XVIII Encontro Nacional de História da Mídia (pp. 1–15). https://redealcar.org/wp-content/uploads/2021/08/23_gt_historiadojornalismo.pdf
Pinto, M. (2000). Fontes jornalísticas: contributos para o mapeamento do campo. Comunicação e Sociedade, 2(14), 277–294.
Porto, M. P. (2004). Enquadramentos da mídia e política. In A. A. C. Rubim (Org.), Comunicação e política: conceitos e abordagens (pp. 73–104). EdUFBA.
Folha Vitória. (2007). Princípios editoriais da Rede Vitória. https://www.folhavitoria.com.br/principios-editoriais-rede-vitoria
Século Diário. (2000). Quem somos. https://www.seculodiario.com.br/sobre
Quintana, M. I., & Santos, E. de M. (2019). Enquadramento midiático local em torno da luta indígena pela terra. In G. G. B. Flores et al. (Orgs.), Discurso, cultura e mídia (pp. 496–514). Oliveira Books.
Rizotto, C., Fontes, G., & Ferracioli, P. (2016). As molduras possíveis para o Petrolão: uma análise de enquadramento de Carta Capital e Veja. Verso e Reverso, 30(73), 11–22. https://revistas.unisinos.br/index.php/versoereverso/article/view/ver.2016.30.73.02
Rothberg, D. (2014). Enquadramentos midiáticos e sua influência sobre a consolidação de direitos de crianças e adolescentes. Opinião Pública, 20(3), 407–424. https://www.scielo.br/j/op/a/HGq4zkXpLLHBkHWszSRfmPz/
Sarmento, P. (2019). “Nem um poço a mais”: a representação positiva da luta das mulheres indígenas e quilombolas pelo jornal Século Diário contra a indústria petrolífera no ES. In Seminário Comunicação e Territorialidades (Vol. 1, No. 5). https://periodicos.ufes.br/poscomufes/article/view/30598
Silva, M. P. da, & Jeronymo, R. de S. (2021). Enquadramento jornalístico do impeachment de Dilma Rousseff em revistas brasileiras sob uma perspectiva de gênero. Estudos em Jornalismo e Mídia, 18(2), 51–66. https://periodicos.ufsc.br/index.php/jornalismo/article/view/80616
Soares, M. C. (2006). Análise de enquadramento. In J. Duarte & A. Barros (Eds.), Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação (2ª ed., pp. 450–464). Atlas.
Soares, M. L. S. (2012). A retomada da terra indígena de Nonoai - pela janela de Zero Hora [Dissertação de mestrado, Universidade do Vale do Rio dos Sinos].
Downloads
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Observatório

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
[PT] Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista, sem pagamento, o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License (CC BY-NC 4.0), permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Leia todos os termos dos direitos autorais aqui.
