Fiat Palmax: diálogos sobre a gênese de uma cidade amazônica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p252

Palavras-chave:

Palmas, autopoiese urbana, criação, oralidade

Resumo

A formalização da autonomia do estado do Tocantins, pelo texto da Constituição Federal Brasileira de 1988, refere-se ao processo com a palavra “criação”. Este princípio é reforçado na ideia de um espaço vazio, bem como de discursos legitimatórios do controle político por alguns indivíduos. O ato comunicativo expresso na criação, usando perspectivas da História Oral, Ecologia, Filosofia, por conceitos como a biossemiótica e a autopoiese urbana, convergem na complexidade envolvida das intenções e imprevisibilidade de processos que envolvem sistemas humanos. A partir dessa inferência, Palmas, num estudo das características de seu Plano Diretor, é compreendida a partir de seus observadores, seus criadores imediatos e da emergência de propriedades que impossibilitaram a previsão de ocupação, crescimento e relações materiais.

 

 

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Biografia do Autor

Elson Santos Silva Carvalho, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Estudos Sociais - História. Especialista em culturas negras no atlântico (UnB), história social (UFT), mestre e doutorando em Ciências do Ambiente (UFT).

Temis Gomes Parente, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em História pela Universidade Federal do Piauí (1986), mestrado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (1996) e doutorado em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2001). Pós-Doutora pelo CEDEPLAR/UFMG, (2010). Atualmente é professor Associado II da Universidade Federal do Tocantins. Bolsista de Produtividade 2-CNPQ. Coordenou o DINTER - doutorado Insteristitucional em História UFT/UFRJ. Foi coordenadora do Mestrado em Desenvolvimento Regional-UFT. Coordenadora do Núcleo de Estudos das Diferenças de Gênero - NEDIG da UFT. É associada da ANPUH-NACIONAL, da Associação Brasileira de História Oral. Atua nas seguintes áreas: História do Tocantins; História Regional; História e Gênero; História das Mulheres. História Cultural. . Gênero e Meio Ambiente.

Dernival Venâncio Ramos Júnior, Universidade Federal do Tocantins

Possui graduação em História pela Universidade Federal de Goiás (2002), mestrado em História pela Universidade Federal de Goiás (2004) e doutorado em História pela Universidade de Brasília (2009). Atualmente é professor nos Programa de Pós-graduação em Letras e Ciências do Ambiente (Doutorado) e no PROFHISTÓRIA (Mestrado) da Fundação Universidade Federal do Tocantins. Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea da América Latina e Caribe. É Bolsista Produtividade em Pesquisa Institucional/UFT.

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Publicado

2016-05-01

Como Citar

SILVA CARVALHO, Elson Santos; PARENTE, Temis Gomes; RAMOS JÚNIOR, Dernival Venâncio. Fiat Palmax: diálogos sobre a gênese de uma cidade amazônica. Revista Observatório , [S. l.], v. 2, n. 1, p. 252–276, 2016. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p252. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/1871. Acesso em: 26 abr. 2024.