A VIOLÊNCIA COMO VALOR-NOTÍCIA NA TELEVISÃO GOIANIENSE: Informação X Audiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n5p485

Palavras-chave:

Violência, Jornalismo, Televisión, Objetividade

Resumo

As emissoras de TV pioneiras no Brasil na década de cinquenta viram o número de concorrentes aumentar consideravelmente durante o governo militar, que distribuiu concessões em troca de apoio político. Quatro décadas depois a guerra pela audiência ficou ainda mais acirrada com o surgimento e consolidação da internet. O novo meio e a popularização dos canais fechados, roubaram os segmentos A e B da TV aberta e fizeram com que as emissoras televisivas mudassem profundamente seu conteúdo. Uma dessas mudanças foi a supervalorização da violência como valor-notícia. Considerando os gêneros jornalísticos como gêneros discursivos, quais as implicações dessa forma de exposição da violência na qualidade da cobertura jornalística e consequentemente na imparcialidade editorial?

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Ribeiro De Lima, Faculdade Sul-Americana

Graduada em Rádio e TV pela Universidade Federal de Goiás também é graduada em Jornalismo pela Faculdade Sul-Americana. Tem pós-graduação em Assessoria de Comunicação e Marketing e Mestrado em Comunicação - Mídia e Cidadania pela Universidade Federal de Goiás. Profissional atuante nas principais empresas de comunicação do Estado de Goiás por quinze anos hoje é professora dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda da Faculdade Sul-Americana. email: fernanda.ribeiro35@gmail.com

Ana Carolina Pessôa Rocha Temer, Universidade Federal de Goiás

Doutora e Mestra em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo, Especialista em Sociologia pela Universidade Federal de Uberlândia e Jornalista graduada na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenadora do Programa de Pós-graduação em Comunicação pela Faculdade de Informação e Comunicação na Universidade Federal de Goiás FIC- UFG. E-mail: anacarolina.temer@gmail.com.

Referências

ANGRIMANI, Danilo Sobrinho. Espreme que sai sangue. São Paulo: Summus, 1995.

AZEVEDO, Maria Amélia. Mulheres espancadas: a violência denunciada. São Paulo: Cortez, 1985.

BELTRÃO, Luiz. Jornalismo interpretativo: filosofia e técnica. Porto Alegre: Sulina, 1980.

BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 9 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010.

BOURDIEU, Pierre. Sobre televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.

CAPARELLI, Sérgio; LIMA, Venício A. Comunicação e televisão - desafios da pós-globalização. São Paulo: Hacker, 2004. Revista Observatório, Palmas, v. 2, n. 5, p. 485-509, set./dez. 2016

DUARTE, Jorge; BARROS, Antônio; orgs. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. São Paulo; Editora Atlas, 2010.

FILHO, Marcondes Ciro. O capital da notícia. São Paulo: Ática, 1985.

GODINHO, lu ri Rincon. A história da TV em Goiás. Goiânia: Contato Comunicação, 2008.

LAGE, Nilson. Ideologia e técnica da notícia. Florianópolis: Insular, 2001.

MICHAUD, Yves. A violência. São Paulo: Ática, 1989.

MOTT, Frank Luther. A history of newspaper in the united States through

years. USA: Macmillan, 1941.

OLIVEIRA, Fernanda Ribeiro. As santas quebradas. Goiânia: PUC-Goiás, 2010.

PEDROSO, Rosa Nívea. Elementos para uma teoria do jornalismo sensacionalista. Revista Biblioteconomia & Comunicação. Porto Alegre 6: 37- 50 jan/dez 1994. Disponível em http://www.brapci.ufpr.br/download. php?dd0=16552%E2%80%8E . Acesso em 21 jul.de 2013.

PORCELLO, Flávio A. C. Como ver e ouvir o que a mídia não mostra e nem diz. Revista Multyuris. v. ano II p. 53-57, 2008. Disponível em: http://www.ajuris.org.br/sitenovo/wp-content/uploads/2006/08/MULTIJURIS5.pdf. Acesso em 21 jul. de 2013.

SIMÃO, Núbia; LIMA, Fernanda; DOURADO, Pollyana; TEMER, Ana Carolina. Sensacionalismo, gênero televisivo? análise do Caso Elize Matsunaga. XXXVCongresso Brasileiro de Ciências da Comunicação / DT 1 - Gêneros Jornalísticos. 2012. Disponível em:http://www2. intercom.org.br/navegacaoDetalhe.php70ption =trabalho&id =50969. Acesso em 30 jul. de 2013.

SODRÉ, Muniz; PAIVA, Raquel. O Império do grotesco. Rio de Janeiro: Mauad, 2002 .

SODRÉ, Muniz. Sociedade mídia e violência. 2 ed. Porto Alegre: Sulina, 2006.

STEPHENS, Mitchel. História das comunicações: do tantã ao satélite. Rio de

Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.

WEIL, Éric. Lógica da filosofia. São Paulo: É Realizações, 2012.

VIANA, Nildo. A dinâmica da violência juvenil. Rio de Janeiro: Booklink, 2004.

VIZEU, Alfredo; PORCELLO, Flávio; COUTINHO, lluska (orgs). 60 anos de telejornalismo no Brasil: história, análise e crítica. Florianópolis: Insular, 2010 .

Publicado

2016-12-25

Como Citar

DE LIMA, Fernanda Ribeiro; TEMER, Ana Carolina Pessôa Rocha. A VIOLÊNCIA COMO VALOR-NOTÍCIA NA TELEVISÃO GOIANIENSE: Informação X Audiência. Revista Observatório , [S. l.], v. 2, n. 5, p. 485–509, 2016. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2016v2n5p485. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/1811. Acesso em: 22 nov. 2024.