Vivências dos Engenheiros de Segurança na Gestão de Riscos Ocupacionais: Uma Abordagem da Psicodinâmica do Trabalho
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e025015Palabras clave:
Riscos Ocupacionais, Saúde Ocupacional, PsicodinâmicaResumen
A Norma Regulamentadora n.º 1 institui a obrigatoriedade das organizações elaborarem o Programa de Gerenciamento de Riscos. O objetivo foi analisar a mobilização subjetiva dos engenheiros de segurança do trabalho consultores que atuam no Gerenciamento de Riscos Ocupacionais (GRO) em empresas de diversos ramos/segmentos econômicos na cidade de Goiânia (GO) e na região metropolitana. Trata-se de um estudo de caso de caráter descritivo e exploratório, com base na Psicodinâmica do Trabalho, que utilizou entrevistas individuais e espaços de discussão coletiva com dez engenheiros de segurança do trabalho, de Goiânia (GO). Liberdade e autonomia foram as vivências de prazer encontradas, enquanto que concorrência desleal e sobrecarga de trabalho foram as vivências de sofrimento relatadas. Racionalização, negação e servidão voluntária foram as estratégias de enfrentamento individuais adotadas pelos participantes. É inerente ao desempenho, de toda e qualquer função, vivências de prazer e sofrimento. Com o consultor engenheiro de segurança do trabalho não seria diferente. Porém, é preciso que essas vivências, sejam elas de prazer ou sofrimento, não comprometam negativamente a qualidade do serviço prestado, já que as vidas de centenas e milhares de trabalhadores estão envolvidas no exercício desse ofício.
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