Trabalho, subjetividade e ideologia da excelência: Análises a partir de casos de profissionais da saúde e da educação superior
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e024029Palavras-chave:
Precarização, Intensificação, Ideologia da excelência, Enfermeiro, Professor universitárioResumo
As mudanças no mundo do trabalho e a adesão aos princípios neoliberais ocasionaram novos
modos de organização e gestão do trabalho. A ideologia da excelência comparece nesse
cenário como um sistema de pensamento dominante com grande difusão nos contextos de
trabalho. Este artigo aborda pesquisas com profissionais da saúde e educação, estudos com
categorias profissionais distintas, mas que possuem como ponto comum análises das
repercussões dos modos de gestão gerencialistas e da ideologia da excelência na subjetividade
dos trabalhadores. A Psicodinâmica e a Psicossociologia do Trabalho embasaram as
investigações. O estudo com enfermeiras destacou um contexto marcado pelo aumento das
redes hospitalares privadas, priorização de metas desmedidas, enxugamento de equipes e
pressão sobre as trabalhadoras. O segundo estudo, com docentes de pós-graduação de uma
universidade estadual, revelou uma complexa sedução institucional, com ênfase no
produtivismo e no superinvestimento no trabalho. As pesquisas com profissionais atuantes nas
áreas da saúde e educação permitiram compreender que a crescente influência da ideologia da
excelência como norte das relações sujeito-trabalho está associada à diminuição de vivências
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racionalidade estritamente mercantil que compromete o sentido social e psicológico do
trabalho.
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