Diversidade, linguística e dominação: como a teoria linguística pode fomentar um tipo de política a que a maioria dos linguistas se oporia
Abstract
Este pequeno artigo esboça alguns dos possíveis papéis ideológicos desempenhados pela teoria linguística e pedagogia na formação de sujeitos sociopolíticos modernos. Embora o ethos da linguística seja notadamente progressivo, argumenta-se aqui que a disciplina atua, de uma maneira amplamente não reconhecida, para preparar os estudantes tanto para exercer como para sofrer o domínio da sociedade. Essa crítica é feita a partir de duas perspectivas: em primeiro lugar, o conteúdo ideológico da teoria linguística é considerado, especialmente da forma que é apresentado aos estudantes de graduação, e particularmente no que diz respeito à abordagem redutora da diversidade humana que a disciplina principalmente promove. O artigo explora maneiras através das quais isso pode reforçar um modelo do tipo de pessoa especialmente compatível com as exigências das economias capitalistas globalizadas contemporâneas. Em segundo lugar, o artigo faz considerações sobre a forma como os procedimentos de autoridade intelectual discricionários, aos quais os estudantes estão habituados ao estudar linguística na graduação, podem prefigurar as normas de dominação arbitrária às quais serão submetidos após deixarem a universidade e entrarem no mercado de trabalho.
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