A Sociedade Escravocrata no Teatro de Martins Pena

Autores

  • Lucília Paula de Azevedo Ferreira UFT
  • Maria Perla Araújo Morais UFT

Palavras-chave:

Liberalismo, Escravidão, Martins Pena, Teatro.

Resumo

Este trabalho analisa a situação do negro em duas peças teatrais de Martins Pena - Os dois ou o inglês maquinista e O juiz de paz da roça. Vemos representadas, nestas peças, as mazelas da sociedade brasileira, as relações patriarcais, a ilegalidade do tráfico negreiro e a omissão do Estado. A independência conquistada em 1822 possibilita o término da aliança política entre Brasil e Portugal. O acordo estabelecido com a Inglaterra em 1826 e a lei regencial de 7 de novembro de 1831 que tornava formalmente ilegal o transporte de novos escravos em território brasileiro não conseguiram banir as contravenções. Desta forma, tem-se uma grande disparidade entre os ideais liberais da Europa e a sociedade brasileira, escravista e imperial, que temia, com as intervenções inglesas, o fim da escravidão. Nas peças de Martins Pena, sob a pena do humor, o escritor satiriza os projetos nacionais e a fragilidade do sistema político-social brasileiro do século XIX.

Biografia do Autor

Lucília Paula de Azevedo Ferreira, UFT

Mestranda em Letras pela Universidade Federal do Tocantins

Maria Perla Araújo Morais, UFT

Doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense. Professora do Curso de Letras da UFT

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Publicado

2016-10-16

Como Citar

Ferreira, L. P. de A., & Morais, M. P. A. (2016). A Sociedade Escravocrata no Teatro de Martins Pena. Porto Das Letras, 2(3), p. 214 – 227. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/2808

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