CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E SUSTENTABILIDADE: Uma interpretação a partir da análise do discurso

Autores

  • Wainesten Camargo Universidade Federal do Tocantins
  • Waldecy Rodrigues Universidade Federal do Tocantins

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2018v4n3p972

Palavras-chave:

Sustentabilidade, Código Florestal Brasileiro, análise do discurso, guerreiro ramos

Resumo

Este artigo relata a aplicação da Análise do Discurso (AD) sobre a construção legislativa do Novo Código Florestal brasileiro, considerando o pensamento sistêmico de Guerreiro Ramos.  A AD é uma metodologia complexa e de natureza interdisciplinar.  Desta verdadeira mistura de saberes, a AD pressupõe que somos seres interativos, alocados em uma sociedade de interesses, em uma teia complexa de resultados incertos. Empiricamente a AD foi realizada através de textos jornalísticos, audiências públicas, cartas abertas dos principais atores sociais, tanto políticos, ambientalistas, quanto demais representantes da sociedade civil organizada.   De um lado os ruralistas, fruto das políticas colonialistas que doavam latifúndios para as famílias da nobreza, e de outro os ambientalistas com suas ideias conservacionistas. Porém, aplicando o pensamento de Guerreiro Ramos, ambos os posicionamentos apresentam uma característica extremista que não preza por uma racionalidade substantiva tão necessária para a busca de consensos pela sustentabilidade.  

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Biografia do Autor

Wainesten Camargo, Universidade Federal do Tocantins

Mestrando em Desenvolvimento e Agronegócio (UFT). Graduado em Direito (UFT). E-mail: wainestencamargo@gmail.com.

Waldecy Rodrigues, Universidade Federal do Tocantins

Doutorado em Estudos Comparados sobre as Américas (UnB). Mestrado em Economia (UnB). Graduação em Ciências Econômicas (PUC-GO). Email: waldecy@terra.com.br.

Referências

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Publicado

2018-04-29

Como Citar

CAMARGO, Wainesten; RODRIGUES, Waldecy. CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO E SUSTENTABILIDADE: Uma interpretação a partir da análise do discurso. Revista Observatório , [S. l.], v. 4, n. 3, p. 972–995, 2018. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2018v4n3p972. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/3869. Acesso em: 29 mar. 2024.