GOTHAM É AQUI. UMA ANÁLISE POSSÍVEL DO FILME JOKER

Autores

  • Elydia Leda Barros Monteiro Universidade Federal de Ouro Preto
  • Carlos Mendes Rosa Universidade Federal do Tocantins (UFT)

DOI:

https://doi.org/10.20873/2526-1487V5N1P328

Palavras-chave:

Violência; trabalho; neoliberalismo; invisibilidades.

Resumo

A presente resenha crítica versa sobre a obra cinematográfica “The Joker”, do diretor Todd Phillips, apresentado ao público em 2019. O texto busca refletir sobre o quão perto da realidade brasileira estão as condições impostas ao protagonista Arthur Fleck, o quanto estas são invisíveis aos expectadores do filme e em que medida essa invisibilidade faz parte de um programa de manutenção de um modelo explorador e desigual; que viola direitos humanos e se mantém, exclusivamente, pela efetividade das políticas de Estado e de mercado em esconder tais objetivos nas irreais estruturas de abstração, de impessoalidade e mérito. A análise crítica parte das relações de trabalho apresentadas no filme e se desenvolve em torno dos afetos mobilizados pela película e pelo atual momento social e político brasileiro.

Biografia do Autor

Elydia Leda Barros Monteiro, Universidade Federal de Ouro Preto

Bacharel em Direito, Mestranda do Programa de Pós Graduação Novos Sujeitos, Novos Direitos da UFOP. Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil

Carlos Mendes Rosa, Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Psicólogo, Doutor em Psicologia pela PUC-Rio, Professor Adjunto da Universidade Federal do Tocantins, Bolsista de Produtividade da UFT. Palmas, Tocantins, Brasil.

Referências

Antunes, R. O privilégio da servidão: O novo proletariado de serviço na era digital. Boitempo. 2018.

Baratta, A. (2011). Criminologia crítica e crítica do direito penal. Introdução à sociologia do direito penal. Editora Revan.

Brum, E. (2020) Os cúmplices. Coluna do Jornal El Pais. https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-01-01/os-cumplices.html

Dias, M. (2019). Pesquisa mostra que 83% estão insatisfeitos com democracia no Brasil. Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/04/pesquisa-mostra-que-83-estao-insatisfeitos-com-democracia-no-brasil.shtml

Dunker, C. (2015). Mal-estar sofrimento e sintoma. Boitempo.

Ehrenberg, A. (2010). O culto da performance: da aventura empreendedora a depressão nervosa. Editora Ideias & Letras.

Foucault, M. (2014). Vigiar e punir: nascimento da prisão. Vozes.

Freud, S. (1905). Três ensaios para uma teoria da sexualidade. Em: Edição Standard Brasileira das Obras de Sigmund Freud, (VII, p. 170-295. 1905). Imago.

Freud, S. (1913) Totem e tabu. Em: Edição Standard Brasileira das Obras de Sigmund Freud, (XIII, p. 17-75. 1913). Imago.

Freud, S. (1919) O estranho. Em: Edição Standard Brasileira das Obras de Sigmund Freud, (XV, p. 54-73. 1919). Imago.

Freud, S. (1920) Além do princípio do prazer. Em: Edição Standard Brasileira das Obras de Sigmund Freud, (XVIII, p. 15-88. 1920). Imago.

Freud, S. (1921) Psicologia das massas e análise do ego. Em: Edição Standard Brasileira das Obras de Sigmund Freud, (XVIII, p. 89-179. 1921). Imago.

Hegel, G.W.F. (1992) Fenomenologia do Espírito. Vozes.

Hobbes, T. (1991). Leviathan. Cambridge University Press.

Kant, E. (2004) Crítica da razão prática. http://www.imagomundi.com.br/filo/kant_pratica.pdf

Mbembe, A. (2018) Necropolítica. Biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. n-1 Edições.

Mignolo, W. D. (2005) A colonialidade de cabo a rabo: o hemisfério ocidental no horizonte conceitual da modernidade. Consejo Latino americano de Ciencias Sociales. http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/clacso/sur-sur/20100624094657/6_Mignolo.pdf

Rubio, D. S. (2014) Encantos e desencantos dos Direitos Humanos: de emancipações, libertações e dominações. Livraria do Advogado.

Souza, J. (fevereiro, 2004). A gramática social da desigualdade brasileira. RBCS, 19(54) http://www.scielo.br/pdf/rbcsoc/v19n54/a05v1954.pdf

Safatle, V. (2015). O circuito dos afetos: corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo. Autêntica.

Safatle (novembro, 2019). Limites da democracia no Brasil. Arquivo de vídeo. https://www.youtube.com/watch?v=D8HaJXn6Zbs

Spivak, G. C. (2014) Pode o subalterno falar? UFMG.

Zamora, M. H. (2005) Uma noite em uma rua onde você jamais passou. Em: Zamora, M.H. &Vilhena, J (orgs.) A cidade e as formas de viver. (pp. 157-171). Museu da República.

Žižek, S. (2019) “Coringa” e o grau zero da revolução. Blog da Boitempo. https://blogdaboitempo.com.br/2019/11/03/zizek-coringa-e-o-grau-zero-da-revolucao/

Downloads

Publicado

2020-06-15

Como Citar

Leda Barros Monteiro, E., & Rosa, C. M. (2020). GOTHAM É AQUI. UMA ANÁLISE POSSÍVEL DO FILME JOKER. Trabalho (En)Cena, 5(1), 328–349. https://doi.org/10.20873/2526-1487V5N1P328

Edição

Seção

Resenha (de livro ou filme)