Utilização De Leveduras Antárticas Em Estratégias De Controle Biológico De Doenças Pós-Colheita De Frutos Armazenados A Baixas Temperaturas

Autores

  • Raphael Sanzio Pimenta uft
  • Eskálath Morganna Silva Ferreira UFT

Palavras-chave:

Controle biológico, Levedura, Antártica, Morango, pós-colheita

Resumo

Doenças pós-colheita são aquelas que degradam produtos agrícolas durante a fase de estocagem, transporte ou comercialização. Estas doenças geralmente são ocasionadas por fungos e causam grandes prejuízos econômicos (SPADARO e DROBY, 2016).

O controle destas doenças geralmente é realizado com a aplicação de fungicidas químicos. No entanto, a legislação relacionada ao uso de agrotóxicos tem se tornado mais rigorosa, devido aos problemas gerados pelo seu uso sobre a saúde e meio ambiente. Com isto, métodos alternativos e mais seguros, como o controle biológico, têm se tornado uma opção interessante para o manejo das doenças pós-colheita (DROBY, et al., 2016).

Entre os frutos que mais são atacados por fitopatógenos durante a fase de armazenamento, o morango destaca se, por apresentar um curto período de estocagem e ser muito suscetível a ação de fungos (DURAN et al., 2016). Com isto, além do uso de fungicidas no campo, para se estender o período de comercialização, estes frutos geralmente são armazenados a baixas temperaturas (@ 0ºC). No entanto, alguns fitopatógenos conseguem degradar estes frutos mesmo durante o armazenamento em câmara fria (ROMANAZZI e FELIZIANI, 2016).

Com a intenção de se obter leveduras para combater os fipatógenos do morango, diversas coletas em frutos do cerrado foram realizadas no Estado do Tocantins. Contudo, nenhum isolado obtido conseguiu resistir às baixas temperaturas de forma satisfatória e este resultado levou os pesquisadores e estudantes envolvidos na pesquisa a buscar alternativas para viabilizar o isolamento de leveduras psicrófilas (resistentes a baixas temperaturas).

Desta forma, foram realizadas missões de pesquisas no continente Antártico, onde foram isoladas leveduras capazes de resistir a temperaturas extremamente baixas (-60 ºC). Estas leveduras foram coletadas, identificadas e atualmente são utilizadas em uma tese de Doutorado desenvolvida na UFT pela Doutoranda Eskálath Morganna Silva Ferreira, sob orientação do Prof. Dr. Raphael Sanzio Pimenta (Medicina e BIONORTE-UFT) e co-orientação da Profa. Dra. Silvana Vero (Universidad de La República – Uruguai). A tese tem o objetivo reduzir o as contaminação por fungos e aumentar o tempo de prateleira do morango, visando a obtenção de um produto mais saudável e livre de substâncias tóxicas.

Apresentamos neste ensaio fotográfico algumas imagens que foram obtidas pela equipe de pesquisadores durante as coletas realizadas nas operações Antárticas - OPERANTAR XXXIII e OPERANTAR XXXIV durante os verões de 2014 e 2015.

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Publicado

2018-01-31

Como Citar

Pimenta, R. S., & Silva Ferreira, E. M. (2018). Utilização De Leveduras Antárticas Em Estratégias De Controle Biológico De Doenças Pós-Colheita De Frutos Armazenados A Baixas Temperaturas. Capim Dourado: Diálogos Em Extensão, 1(1), 117–122. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/capimdourado/article/view/4430

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