Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins: aspectos fisiográficos e uso do fogo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v12n3.10427

Palavras-chave:

Unidade de conservação, Jalapão, Incêndios florestais, Cerrado

Resumo

A Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins é uma Unidade de Conservação de proteção integral situada no Cerrado brasileiro, na região do Jalapão onde está localizado o maior bloco de Unidades de Conservação do Cerrado, contemplando os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e a Bahia, e que juntas formam um contínuo de vegetação e corredores ecológicos importantes para a conservação da biodiversidade do Cerrado. O objetivo deste trabalho foi caracterizar aspectos legais e fisiográficos da Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins, bem como de sua relação com o uso do fogo. Para isso, foram consultados trabalhos científicos publicados sobre a Unidade de Conservação, informações contidas em base de dados de órgãos federais e estaduais do Tocantins (IBAMA, ICMBio, MMA, ANA, IBGE, NATURATINS, SEFAZ-TO), bem como a legislação vigente que atribui territorialidade a EESGT. A partir da pesquisa realizada, depreendeu-se que a EESGT é uma das Unidades de Conservação mais importantes para preservação do Cerrado. O clima da região aliado as características da vegetação tornam o ambiente da EESGT extremamente ligado a ação do fogo, relacionando-o com diversos aspectos fisiográficos, podendo ser agente daninho ou instrumento de preservação e restauração de fauna, flora e solos. A gestão da EESGT vem desempenhando um papel importante que consegue conciliar a preservação ambiental com os aspectos culturais das comunidades tradicionais que ali vivem e consegue empregar conceitos e técnicas de manejo com uso do fogo modernas que têm contribuído para manutenção e recuperação do Cerrado na região do Jalapão.

Biografia do Autor

Allan Deyvid Pereira da Silva, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação em Tecnologia Agroindustrial pela Universidade do Estado do Pará (2012) e Geografia pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará (2012). Doutorando em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná. Membro do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF), onde realiza pesquisas nas áreas de uso do fogo para manejo de áreas naturais, prevenção e combate de incêndios florestais.

Antonio Carlos Batista, Universidade Federal do Paraná

Possui graduação (1979), mestrado (1984) e doutorado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1995). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em Proteção Florestal e Meteorologia e Climatologia florestal, atuando principalmente nos seguintes temas: prevenção e combate a incêndios florestais, comportamento do fogo, efeitos do fogo, queimas controladas, microclima, clima urbano e interface urbano-rural (WUI). É professor orientador do programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná e do Programa de Pós-Graduação em Ciências Florestais e Ambientais da Universidade Federal de Tocantins. É um dos líderes do grupo de Pesquisa Ecologia, Controle e uso do fogo do CNPq. Foi consultor internacional da FAO e da agência GIZ para projetos sobre Controle de Incêndios Florestais em Cuba (FAO, 2000) Guatemala (FAO, 2004), e Moçambique (GIZ, 2006). Publicou mais de 130 artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais, 200 trabalhos em congressos nacionais e internacionais. É co-autor de 10 livros e 17 capítulos de livros. Foi coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná no período de julho de 2011 a junho 2015. Foi eleito para novo mandato de coordenador a partir de outubro de 2019. Desde abril de 2016 é editor chefe da Revista Floresta.

Micael Moreira Santos, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Integrante do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CEMAF), onde vem desenvolvendo pesquisas envolvendo a utilização de técnicas de Geoprocessamento para o gerenciamento de recursos florestais. Possui experiência na área de incêndios florestais, tendo realizado trabalhos de campo com objetivo de caracterização de material combustível e estudo do comportamento do fogo no bioma Cerrado, também utilizando técnicas de sensoriamento remoto na determinação de tais características e na identificação de cicatrizes de incêndios florestais no estado de Tocantins.

Eduardo Ganassoli Neto, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará

Engenheiro Florestal pela Universidade Federal do Tocantins, mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná- UFPR. Pesquisador no Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins (PFT) e coordenador de logística do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo - CeMAF atuando nas áreas de incêndios florestais, planos operativos de prevenção e combate aos incêndios florestais e atividades socioambientais. Bolsista do curso de Química modalidade EaD da UFT. Participante do programa de Iniciação Científica na Universidade Federal do Tocantins. Participação na quantificação de biomassa florestal, avaliação fitossociológica e mapeamento do uso e ocupação do solo na Região Autônoma do Príncipe, São Tomé e Príncipe, África.

Jader Nunes Cachoeira, Universidade Federal do Tocantins

Bacharel em Direito. Mestre em Ciências Florestais e Ambientais pela Universidade Federal do Tocantins (UFT). Doutorando em Conservação da Natureza na UFPR. Especialista em Direito Civil, Processual Civil e Administração Pública. Pesquisador na UFT na área de Monitoramento Ambiental. Ministrou aula para o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Tocantins, nas disciplinas de Legislação Ambiental e Avaliação e Monitoramento de Áreas Naturais do PRONATEC. Tem experiência na área de Direito, bem como em Políticas e Legislação Florestal. Integrante do Grupo de Pesquisas Florestais no Estado do Tocantins (PFT) e do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF), atuando nas áreas de incêndios florestais, monitoramento ambiental e atividades socioambientais.

Marcos Giongo, Universidade Federal do Tocantins

Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (2002) e mestrado em Engenharia Florestal (Manejo Florestal) pela Universidade Federal do Paraná (2006), doutorado em Ciências Florestais pela Universidade Federal do Paraná (2010), doutorado em Ambiente e Território pela Università degli Studi del Molise (UNIMOL) - Itália. Atualmente é professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Coordenador do Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF). Desde 2017 e editor chefe do Journal of Biotechnology and Biodiversity. Tem experiência em projetos de pesquisas nacionais e internacionais nas áreas de inventário florestal, incêndios florestais, manejo florestal e sensoriamento remoto aplicada aos recursos naturais.

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Publicado

03-06-2024

Como Citar

Silva, A. D. P. da, Batista, A. C., Santos, M. M., Ganassoli Neto, E., Leite, O. da C., Cachoeira, J. N., … Giongo, M. (2024). Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins: aspectos fisiográficos e uso do fogo . Journal of Biotechnology and Biodiversity, 12(2), 132–143. https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v12n3.10427

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