Aporte de nutrientes em diferentes compartimentos de Eucalipto no sul do Tocantins
DOI:
https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v9n1.coelhoPalavras-chave:
ciclagem de nutrientes, solo, casca, folhas, serrapilheiraResumo
A cultura da mandioca apresenta alta relevância socioeconômica para o Brasil. Entretanto, na região oeste a compreensão dos mecanismos da ciclagem de nutrientes de um plantio florestal permite o manejo adequado para colheita da madeira ou outros produtos sem que haja danos futuros ao solo, por isso, este estudo objetivou avaliar o conteúdo nutricional nos compartimentos solo, serrapilheira, folha e casca em plantio de Eucalyptus spp. no sul do Estado do Tocantins com idade de 7 anos, sendo os clones: VM 58 (cruzamento de E. camadulensis x E. urophylla) e o clone GG100 (cruzamento do E. urophylla x E. grandis). Também foram avaliadas áreas a partir de sementes híbridas de E. urophylla x E. grandis todas no município de Aliança do Tocantins. Foram analisados os macronutrientes ( N, P, K, Ca, Mg, S, B ) e os micronutrientes ( Cu, Fe, Mn e Zn) e estimando a biomassa aérea total por meio de equações alométricas. O E. urophylla x E. grandis via seminal apresentou maior biomassa aérea com 24,08 t.ha-1, e o menor rendimento de biomassa foi obtido pelo clone VM 58 com 13,09 t.ha-1. A representatividade média em ordem decrescente para biomassa aérea para ambos as espécies de eucaliptos foi: fuste (55%) >serrapilheira (29%) > folhas (16%). O solo obteve maiores valores para K e Fe porém não diferiu em ambos os nutrientes. As folhas obtiveram maior concentração para N e Mn, enquanto na serrapilheira somente os macronutrientes destacaram.
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