O lugar do testemunho: o poder de fala dos entrevistados/personagens no livro-reportagem Holocausto Brasileiro
Palavras-chave:
livro-reportagem, testemunho, memória e identidadeResumo
Este artigo analisa o poder de fala dos entrevistados/personagens do livro-reportagem Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex, como uma forma de identificar o lugar do testemunho da história performática enquanto lampejo e resistência à grande História, através das teorias de nomes como Georges Didi-Huberman, Giorgio Agamben e Homi Bhabha. Ao considerar as vozes dos entrevistados/personagens contidos na obra jornalístico-literária, nota-se que estes só tiveram espaço para ter sua memória construída através de um gênero institucionalizado jornalística, editorial e socialmente, e percebe-se a relação próxima e delicada entre quem narra e quem escreve. São visitadas também teorias da comunicação que tratam o agendamento da mídia e a função de seleção e filtragem do newsmaker como critérios para dar voz ou não a determinados temas no espaço institucionalizado dos mass media, de forma a incitar a reflexão sobre quem realmente tem o poder de fala nesse processo de construção da memória e da identidade: os próprios entrevistados/personagens ou a mídia e o espaço editorial.
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