Biopolitica, necropolítica e racismo na gestão do covid-19

Autores

  • Sandra Caponi Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

epidemias; Covid-19; biopolítica; necropolítica.

Resumo

Tomando como ponto de partida a problemática gestão da pandemia de Covid-19, no Brasil, analiso de que modo Foucault pensou o problema das epidemias, iniciando com as reflexões dedicadas à oposição entre o dispositivo disciplinar e o exercício do poder soberano. Posteriormente, analiso a questão das epidemias e da saúde em geral a partir da perspectiva teórica aberta pelo conceito de biopolítica da população. Para, finalmente, refletir sobre a gestão biopolítica da pandemia de Covid-19 realizada pelo governo de Bolsonaro como representante de uma forma extrema de esse dispositivo de poder. Argumento que a forma como foi administrada a pandemia no Brasil, considerada como a pior gestão do mundo, possui todas as características definidas por Achille Mbembe como necropolítica, destacando o lugar que o racismo e o negacionismo ocupam nessa política de exposição sistemática à morte.

Biografia do Autor

Sandra Caponi, Universidade Federal de Santa Catarina

Professora Titular do Departamento de Sociologia e Ciência Politica da Universidade Federal de Santa Catarina

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Publicado

2021-04-09

Como Citar

Caponi, S. (2021). Biopolitica, necropolítica e racismo na gestão do covid-19. Porto Das Letras, 7(2), 22–43. Recuperado de https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/11619

Edição

Seção

Discurso, doença, risco