O corpus documental em história oral: teoria, experiência e transcriação

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p54

Palavras-chave:

História oral, História, memória, metodologia., teoria

Resumo

Pretendi demonstrar, neste artigo, que a história oral proporciona conjuntos de procedimentos disponíveis ao pesquisador para o estabelecimento eficaz de um corpus documental. Aspectos teóricos foram ressaltados para uma compreensão da prática em história oral. Não obstante, as experiências no campo de pesquisa reportaram-me às noções de memória coletiva e subjetividade ao longo do texto. Por fim, demonstrei elementos teóricos e metodológicos para a realização de transcriações.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Seawright Alonso, Faculdade Sumaré

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo - FFLCH/USP (2015). Propôs em sua tese de doutorado "Ritos da oralidade: a tradição messiânica de protestantes no Regime Militar Brasileiro" entrevistar redes de religiosos ortodoxos e heterodoxos com posições políticas distintas durante o Regime Militar Brasileiro entre 1964 e 1985. Atualmente, é professor no curso de graduação em história da Sumaré. É pesquisador do Núcleo de Estudos em História Oral, NEHO/USP. Foi pesquisador da Comissão Nacional da Verdade criada com base na lei 12.528/2011, Art. 4º, incisos I, IV, V e VII e Resolução CNV Nº 1, de 2 de julho de 2012, Art. 19, inciso IV, Arts. 22 e 23 (Relatório da CNV, Vol. 1, 2014, p. 9). Historiador e oralista com abordagem interdisciplinar, tem experiência nas áreas de história do Brasil República com ênfase no Regime Militar (1964 a 1985), na disciplina de história oral, bem como em pesquisas dedicadas à história da vida religiosa, à história oral testemunhal. Política, "justiça de transição" e estudos de memória coletiva são apreciados pelo pesquisador. 

Referências

ALBERTI, Verena. O acervo de história oral do CPDOC: trajetória de sua constituição. Rio de Janeiro: CPDOC, 1998.

BAKHTIN, Mikhail. Discourse in the novel. In: HOLQUIST, Michael (org) The dialogic imagination. Austin: University of Texas Press, 1981.

BARTHES, Roland. Image music text. Nova York: Hill and Wang, 1977.

BLOCH, Marc. Apologia da história, ou, O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

BOSI, E. O tempo vivo da memória. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BRANDINI, Laura Taddei. Roland Barthes no Brasil, via traduções. Cad. Trad., Florianópolis, nº 34, p. 120-141, jul./dez. 2014.

BUBER, Martin. Eu e Tu. Editora Moraes: 1974.

BURKE, Peter. A Escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora UNESP, 1992.

CALDAS, Alberto Lins. Nas Águas do Texto: palavra, experiência e leitura em História Oral. Porto Velho: Edufro, 2001.

CAMPBELL, Joseph. Tu és Isso: transformando a metáfora religiosa. São Paulo: Madras, 2003.

FREITAS, S. M. de. História oral: possibilidades e procedimentos. São Paulo: Humanitas/ FFLCH/USP: Imprensa Oficial do Estado, 2002. VEALE, Sharon; SCHILLING, Kathleen. Talking History: Oral history guidelines. Hurstville: Department of Environment & Conservation (NSW), 2004.

GEERTZ, Clifford. Nova Luz sobre a Antropologia. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos (org). A experiência etnográfica e a literatura no século XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 2014.

HALBWACHS, M. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da UNICAMP, 2008.

MARTINS, José de Souza. Uma sociologia da vida cotidiana. São Paulo: Contexto, 2014.

MEIHY, José Carlos Sebe Bom. Manual de História Oral 5ª. São Paulo: Edições Loyola, 1991, 2005.

____________. Memória, história oral e história. Oralidades (2010): 179-191.

____________. HOLANDA, Fabíola. História Oral Como Fazer Como Pensar. São Paulo: Contexto, 2013.

____________; RIBEIRO, Suzana Lopes Salgado. Guia prático de história oral: para empresas, universidades, comunidades, famílias. São Paulo: Contexto, 2011.

MELLO, M. M. Mutações de olhar: as vias de diálogo entre o campo e o arquivo. Sociedade Cultura, v.11, n.1, p. 41-49, 2008.

PORTELLI, Alessandro. “Tentando aprender um pouquinho. Algumas reflexões sobre a ética em História Oral”. In: Projeto História no. 15 PUC, São Paulo, 1997.

SCHNAIDERMAN, Boris. Haroldo de Campos e a transcriação da poesia russa moderna. Fragmentos, Florianópolis, nº 25, julho-dezembro, p. 61-68, de 2003.

SEAWRIGHT, Leandro. A. Jesus Narrativo: oralidade cristã entre história, memória e mítica. PLURA, Revista de Estudos de Religião, Vol. 3, nº 1, 2012, p. 130-148.

____________. Ritos da oralidade: a tradição messiânica de protestantes no Regime Militar Brasileiro. São Paulo, 2016 (Tese de doutorado - Programa de Pós-graduação em História Social da Universidade de São Paulo – USP).

TÁPIA, Thelma; NÓBREGA, Médici (Orgs). Haroldo de Campos – Transcriação. São Paulo: Perspectiva, 2013.

Theodor W. Adorno. Dialética negativa. Rio de Janeiro: Zahar, 2009.

THOMPSON, Paul. A Voz do Passado História Oral. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

Publicado

2016-05-01

Como Citar

ALONSO, Leandro Seawright. O corpus documental em história oral: teoria, experiência e transcriação. Revista Observatório , [S. l.], v. 2, n. 1, p. 54–75, 2016. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2016v2n1p54. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/1781. Acesso em: 23 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Temático / Thematic dossier / Dossier temático