ESCUTA MUSICAL E NARRATIVAS: diferença e alteridade nos processos comunicacionais

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/uft.2447-4266.2023v9n1a2pt

Palavras-chave:

Escuta musical, diferenças, narrativas, experiência, hibridismo

Resumo

O presente trabalho visa pensar a prática da escuta musical como convite à diferença. O ponto de partida considera a organização da música pop nas mídias, sua aderência às estéticas do chamado Ocidente, para propor reflexões sobre obras de perfil híbrido, cuja matriz é o Sul Global. A análise empírica usa narrativas construídas em oficinas de escuta musical oferecidas a alunos do ensino médio como atividade de extensão. O caminho teórico metodológico aproxima a experiência de pesquisa narrativa à análise semiótica das canções para repensar a universalização dos regimes de reconhecimento dominantes nas mídias, com base em outras existências e campos de enunciação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Nilton Faria de Carvalho, Universidade Metodista de São Paulo

Pós-doutorando no Departamento de Comunicação e Artes da ECA/USP. niltonfar.carvalhol@gmail.com.

Herom Vargas, Universidade Metodista de São Paulo

Professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Metodista de São Paulo – UMESP.

Referências

AGAMBEN, G. Ideia da prosa. Belo Horizonte: Autêntica, 2016.
______. O uso dos corpos. Homo Sacer, IV, 2. São Paulo: Boitempo, 2017.
AZEVEDO, A. B.; PASSEGGI, M. C. (orgs.). Narrativas das experiências docentes com o uso de tecnologias na educação. São Bernardo do Campo: UMESP, 2015.
BAKHTIN, M. M. Os gêneros do discurso. In: ______. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003, p. 261- 306.
CLANDININ, J.; CONNELLY, M. Pesquisa narrativa: experiência e história na pesquisa qualitativa. Uberlândia: UFU, 2011.
DELEUZE, G. Diferença e repetição. São Paulo: Paz e terra, 2018.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O anti-Édipo – capitalismo e esquizofrenia 1, São Paulo: Editora 34, 2014.
______. Mil Platôs: Capitalismo e esquizofrenia 2, vol.2. São Paulo: Editora 34, 1995.
FRITH, S. The discourse of world music. In: BORN, G.; HESMONDHALGH, D. Western music and its others: difference, representation, and appropriation in music. California: University of California Press, 2000, p. 305-322.
GUATTARI, F. Caosmose: um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2006.
JANOTTI JUNIOR, J. Por uma análise midiática da música popular massiva. Uma proposição metodológica para a compreensão do entorno comunicacional, das condições de produção e reconhecimento dos gêneros musicais. Revista E-Compós, n. ?, p. 1-15, ago. 2006.
KRISTEVA, J. Desire in language: a semiotic approach to literature and art. New York: Columbia University Press, 1980.
LOTMAN, I. M. La semiosfera I. Semiótica da cultura y del texto. Madri: Ediciones Frónesis Cátedra Universitat de Valencia, 1996.
MBEMBE, A. Variations on the beautiful in the congolese world of sounds. Politique Africaine, v. 100, n. 4, p. 69-91, 2005.
OSTROWER, F. Criatividade e processos de criação. Petrópolis: Vozes, 1977.
SILVEIRA, F. Rupturas Instáveis. Entrar e sair da música pop. Porto Alegre: Libretos, 2013.
TROTTA, F. Gêneros musicais e sonoridade: construindo uma ferramenta de análise. Revista Ícone, v. 10, n. 2, p. 1-12, 2008.
VARGAS, H.; CARVALHO, N. F. Música de fronteira, música de memória: o experimentalismo de DJs pela Semiótica da Cultura. Galáxia, n. 41, p. 140-153, mai./ago. 2019.
VARGAS, H.; CARVALHO, N. F.; CHIACHIRI, R. Singularités et différences dans la musique pop: une révision de l’expression “world music”. HERMÈS, n. 86, v. 1, p. 128-135, 2020.

Publicado

2023-12-31

Como Citar

FARIA DE CARVALHO, Nilton; VARGAS, Herom. ESCUTA MUSICAL E NARRATIVAS: diferença e alteridade nos processos comunicacionais. Revista Observatório , [S. l.], v. 9, n. 1, p. a2pt, 2023. DOI: 10.20873/uft.2447-4266.2023v9n1a2pt. Disponível em: https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/observatorio/article/view/10759. Acesso em: 29 abr. 2024.