Tecnoestresse e estratégias de coping em profissionais que utilizam Tecnologias de Informação e Comunicação: uma análise de gênero
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e025021Palavras-chave:
Tecnoestresse, Enfrentamento, Tecnologia da Informação e Comunicação, GêneroResumo
O tecnoestresse é causado pelo uso excessivo de tecnologias que ocasionam uma sobrecarga de trabalho, que podem impactar de forma diferenciada homens e mulheres. Este estudo teve como objetivo verificar se existe diferenças entre homens e mulheres nas dimensões do tecnoestresse (ansiedade, descrença, fadiga e ineficácia) e na relação com as estratégias de coping (foco no problema, foco na emoção, evitação). A amostra constituiu-se de 274 participantes, 151 mulheres e 123 homens. A pesquisa de método quantitativo utilizou três blocos de instrumentos: Questionário sociodemográfico e laboral, Escala de RED/TIC e a Escala de Estratégias de Enfrentamento - COPE. Os resultados avaliados por meio da prova t de Student identificaram que houve diferenças estatísticas entre mulheres e homens nas dimensões de ansiedade, fadiga e ineficácia e no coping focado na emoção em mulheres. Os resultados sugerem a necessidade de ações diferenciadas para homens e mulheres.
Referências
Abbad, G. da S., Mourão, L., Costa, R. Ba., Martins, L Bs, Legentil, J, & Miranda, L. (2021). Habilidades para teletrabalho em casa: construção e evidências de validade da escala. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 21(3), 1655-1664. https://doi.org/10.5935/rpot/2021.3.22568
Bahamondes-Rosado, M. E., Cerdá-Suárez, L. M., Dodero Ortiz de Zevallos, G. F., & Espinosa-Cristia, J. F. (2023). Technostress at work during the COVID-19 lockdown phase (2020–2021): a systematic review of the literature. Frontiers in Psychology, 14, 1173425. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2023.1173425
Borges, L. O., & Gondim, S. (2020). Significados e sentidos do trabalho do Home-Office: Desafios para a regulação emocional. Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, 01-06.
Cai, Z., Fan, X., & Du, J. (2017). Gender and attitudes toward technology use: A meta-analysis. Computers & Education, 105, 1-13. https://doi.org/10.1016/j.compedu.2016.11.003
Câmara, S. G., Carlotto, M. S., & Bedin, L. M. (2019). Evidências de validade da Versão Reduzida do Coping Orientation to Problems Experienced Inventory (COPE) com trabalhadores brasileiros. Psicogente, 22(41), 33-50. https://doi.org/10.17081/psico.22.41.3301
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2010). O tecnoestresse em trabalhadores que atuam com tecnologia de informação e comunicação. Psicologia: Ciência e Profissão, 30, 308-317. https://doi.org/10.1590/S1414-98932010000200007
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2010). Tradução, adaptação e exploração de propriedades psicométricas da escala de tecnoestresse (RED/TIC). Psicologia em Estudo, 15, 171-178. https://www.scielo.br/j/pe/a/XTQ9QqKXL7bHydYNGDZD48v/
Carlotto, M. S. (2011). Tecnoestresse: diferenças entre homens e mulheres. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 11(2),51-64. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198466572011000200005
Carlotto, M. S., & Wendt, G. W. (2016). Tecnoestresse e relação com a carreira, satisfação com a vida e interação trabalho-família: uma análise de gênero. Contextos Clínicos, 9(1), 51-59. http://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/ctc.2016.91.04
Carver, C. S., Scheier, M. F., & Weintraub, J. K. (1989). Assessing coping strategies: a theoretically based approach. Journal of Personality and Social Psychology, 56(2), 267. https://psycnet.apa.org/record/1989-17570-001
Carver, C. S., & Connor-Smith, J. (2010). Personality and coping. Annual Review of Psychology, 61(1), 679-704. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.093008.100352
Cahapay, M. B., & Bangoc Ii, N. F. (2021). Estrés tecnológico, desempeño laboral, satisfacción laboral y compromiso profesional de los maestros en medio de la crisis de COVID-19 en Filipinas. International Journal of Educational Research and Innovation, 16, 260-275. https://doi.org/10.46661/ijeri.6145
Cooper, J. (2006). The digital divide: The special case of gender. Journal of Computer Assisted Learning, 22(5), 320-334. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2729.2006.00185.x.
Elfenbein, H. A. (2023). Emotion in organizations: Theory and research. Annual Review of Psychology, 74, 489-451. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-032720035940
Estrada-Muñoz, C., Vega-Muñoz, A., Castillo, D., Müller-Pérez, S., & Boada-Grau, J. (2021). Technostress of Chilean Teachers in the Context of the COVID-19 pandemic and teleworking. International Journal of Environmental Research and Public Health, 8(10), 01-14. https://doi.org/10.3390/ijerph18105458
Ficapal-Cusí, P., Peñarroja, V., Enache-Zegheru, M., & Salazar-Concha, C. (2025). Employee technostress: Analyzing the influence of sociodemographic characteristics on techno-stressors and their consequences. International Journal of Human–Computer Interaction, 41(2), 1309-1322. https://doi.org/10.1080/10447318.2024.2313926
Fregnan, E., Scaratti, G., Ciocca, L., & Silvia Ivaldi, S. (2022). New working capabilities for coping with COVID time challenges. Frontiers in Psychology, 21(130), 01-16. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2022.814348
Gabr, H. M., Soliman, S. S., Allam, H. K., & Raouf, S. Y. A. (2021). Effects of remote virtual work environment during COVID-19 pandemic on technostress among Menoufia University Staff, Egypt: a cross-sectional study. Environmental Science and Pollution Research, 28(38), 53746-53753. https://doi.org/10.1007/s11356-021-14588-w
Gaudioso, F., Turel, O., & Galimberti, C. (2017). The mediating roles of strain facets and coping strategies in translating techno-stressors into adverse job outcomes. Computers in Human Behavior, 69, 189-196. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.12.041
González-Fernández, C., Garrosa, E., & Blanco-Donoso, L. M. (2024). The effect of technology in the workplace: Consequences of technostress on mental health. Ansiedad y Estrés, 30(1), 40-48. https://doi.org/10.5093/anyes2024a6
Hu, Y., Zhao, L., Gupta, S., & He, X. (2023). Gender plays different roles? Examining the dark side of ubiquitous connectivity enabled by personal IT ensembles usage. Information Technology & People, 36(1), 165-195. https://doi.org/10.1108/ITP-07-2020-0520
Huffman, A. H., Whetten, J., & Huffman, W. H. (2013). Using technology in higher education: The influence of gender roles on technology self-efficacy. Computers in Human Behavior, 29(4),1779–1786. https://doi.org/10.1016/j.chb.2013.02.01
Ibrahim, R. Z. A. R., Bakar, A. A., & Nor, S. B. M. (2007). Techno stress: A study among academic and non academic staff. In: International Conference on Ergonomics and Health Aspects of Work with Computers. Springer. pp. 118-124. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-540-73333-1_15
La Torre, G., De Leonardis, V., & Chiappetta, M. (2020). Technostress: how does it affect the productivity and life of an individual? Results of an observational study. Public Health, 189, 60-65. https://doi.org/10.1016/j.puhe.2020.09.013
Lazarus, R. S., & Folkman S. (1984). Estresse, appraisal, and coping. Springer.
Leitner, I., & Rašticová, M. (2024). Exploring technostress dynamics in consulting companies in Germany: A mixed-methods approach. Problems and Perspectives in Management, 22(2), 586. https://doi.org/10.21511/ppm.22(2).2024.46
Lencina, M. G., Corso, K. B., & Cassanego Jr, P. (2024). O que tem se estudado sobre Technostress?”: Uma revisão sistemática de literatura sob a produção científica de 2001 a 2022. Collection of Internacional Topics in Health Sciences, 2, 218-245. https://doi.org/10.56238/sevened2024.016-015
López Galicia, G. A., & Gómez Ortiz, R. A. (2023). Technostress and organizational culture in the software industry. Mercados y Negócios, 24(48), 27-52. https://doi.org/10.32870/myn.vi48.7686
Marôco, J. (2007). Análise estatística com utilização do SPSS. Sílabo.
Menéndez-Espina, S., Llosa, J. A., Agulló-Tomás, E., Rodríguez-Suárez, J., Sáiz-Villar, R., & Lahseras-Díez, H. F. (2019). Job insecurity and mental health: the moderating role of coping strategies from a gender perspective. Frontiers in Psychology, 10, 286. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00286
Parts, V. (2024). From technostress to digital well-being. In S. Durst & A. Pevkur (Eds.), Digital transformation for entrepreneurship (pp. 95-116). World Scientific Publishing Co Pte Ltd. https://doi.org/10.1142/9789811270178_0007
Ragnedda, M., Ruiu, M. L., & Addeo, F. (2020). Measuring digital capital: An empirical investigation. New Media & Society, 22(5), 793-816. http://dx.doi.org/10.1177/1461444819869604
Raja, D. V. A. J., & Vijayakumar, V. (2017). A study on stress management in various sectors in India. International Journal of Management, 8(1), 50-62. http://www.iaeme.com/IJM/index.asp
Rodríguez-Vásquez, D. J., Totolhua-Reyes, B. A., Domínguez-Torres, L., Rojas-Solís, J. L., & De La Rosa-Díaz, B. E. (2021). Tecnoestrés: Un análisis descriptivo en docentes universitarios durante la contingencia sanitaria por COVID-19. Enseñanza e Investigación en Psicología Nueva Época, 3(2), 214-226. https://www.aacademica.org/lucydt07/2.pdf
Rohwer, E., Flöther, J. C., Harth, V., & Mache, S. (2022). Overcoming the “Dark Side” of Technology—A scoping review on preventing and coping with work-related technostress. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(6), 3625. https:// doi.org/10.3390/ijerph19063625
Salla, T. G. R., Sticca, M. G., & Carlotto, M. S. (2022). Revisão integrativa sobre tecnoestresse no trabalho: Fatores individuais, organizacionais e consequências. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 22(3), 2059-2068 https://doi.org/10.5935/rpot/2022.3.23232
Salanova, M. (2003). Trabajando con tecnologías y afrontando el tecnoestrés: el rol de las creencias de eficacia. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 19, 225-247. https://www.redalyc.org/pdf/2313/231318057001.pdf
Salanova, M., Llorens, S. Cifre, E., & Martínez, I. M (2006). MetodologíaRED-WONT. Perspectivas de intervención em riesgo psicosociales. Barcelona: Foment del Treball Nacional.
Salanova, M. (2007). Nuevas tecnologías y nuevos riesgos psicosociales en el trabajo. Revista Digital de Salud y Seguridad en el Trabajo, 1-22. http://rabida.uhu.es/dspace/bitstream/handle/10272/3411/b15756051.pdf?sequence=1
Salazar-Concha, C., Ficapal-Cusí, P., & Boada-Grau, J. (2020). Tecnoestrés. Evolución del concepto y sus principales consecuencias. Teuken Bidikay, 11(17), 165-180. https://doi.org/10.33571/teuken.v11n17a9
Smite, D., Moe, N. B., Hildrum, J., Gonzalez-Huerta, J., & Mendez, D. (2023). Work-from-home is here to stay: Call for flexibility in post-pandemic work policies. Journal of Systems and Software, 195, 111552. https://doi.org/10.1016/j.jss.2022.111552
Solís, P., Lago-Urbano, R., Real Castelao, S. (2023). Factors that impact the relationship between perceived organizational support and technostress in teachers. Behavioral Sciences, 13(5), 364. https://doi.org/10.3390/bs13050364
Spagnoli, P., Molino, M., Molinaro, D., Giancaspro, M. L, Manuti, A., & Ghislieri, C. (2020). Workaholism and technostress during the COVID-19 emergency: The crucial role of the leaders on remote working. Frontiers in Psychology, 11, 620310 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.620310
Servino, S., Neiva, E. N., & Campos, R. P. de (2013). Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre profissionais de tecnologia da informação. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 238-254. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202013000200007
Tarafdar, M., Pirkkalainen, H., Salo, M., & Makkonen, M. (2020). Taking on the “Dark Side”: Coping with technostress. IT Professional, 22(6), 82-89. https://doi.org/10.1109/MITP.2020.2977343
Vieira, L. S., & Carlotto, M. S. (2021). Demandas e recursos de trabalho como preditores de tecnoestresse em trabalhadores que utilizam as tecnologias de informação e comunicação. Revista Gestão & Tecnologia, 21(3), 148–167. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i3.1970
Vieira, L. S., & Carlotto, M. S. (2024). Semelhanças e diferenças do tecnoestresse entre trabalhadores de tecnologias de comunicação e informação: uma análise de gênero. Contribuciones a las Ciencias Sociales, 17(2), 01-21. https://doi.org10.55905/revconv.17n.2-341
Villavicencio-Ayub, E., Ibarra Aguilar, D. G., & Calleja, N. (2020). Tecnoestrés en población mexicana y su relación con variables sociodemográficas y laborales. Psicogente, 23(44), 1- 27. https://doi.org/10.17081/psico.23.44.3473
Yeganehfar, M., Zarei, A., Isfandyari-Mogghadam, A.R., & Famil-Rouhani, A. (2018). Justice in technology policy: A systematic review of gender divide literature and the marginal contribution of women on ICT. Journal of Information, Communication and Ethics in Society, 16(2), 123-137. https://doi.org/10.1108/JICES-06-2017-0038
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Mary Sandra Carlotto, Caroline Johann de Souza, Michele Taube

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os direitos autorais dos artigos publicados pela Revista Trabalho EnCena permanecem propriedade dos autores, que cedem o direito de primeira publicação à revista. Os autores devem reconhecer a revista em publicações posteriores do manuscrito. O conteúdo da Revista Trabalho EnCena está sob a Licença Creative Commons de publicação em Acesso Aberto. É de responsabilidade dos autores não ter a duplicação de publicação ou tradução de artigo já publicado em outro periódico ou como capítulo de livro. A Revista Trabalho EnCena não aceita submissões que estejam tramitando em outra Revista. A Revista Trabalho EnCena exige contribuições significativas na concepção e/ou desenvolvimento da pesquisa e/ou redação do manuscrito e obrigatoriamente na revisão e aprovação da versão final. Independente da contribuição, todos os autores são igualmente responsáveis pelo artigo.


