Tecnoestresse e estratégias de coping em profissionais que utilizam Tecnologias de Informação e Comunicação: uma análise de gênero

Auteurs-es

  • Caroline Johann de Souza Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES/RS
  • Michele Taube Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES/RS
  • Mary Sandra Carlotto Universidade de Brasília

DOI :

https://doi.org/10.20873/2526-1487e025021

Mots-clés :

Tecnoestresse, Enfrentamento, Tecnologia da Informação e Comunicação, Gênero

Résumé

O tecnoestresse é causado pelo uso excessivo de tecnologias que ocasionam uma sobrecarga de trabalho, que podem impactar de forma diferenciada homens e mulheres. Este estudo teve como objetivo verificar se existe diferenças entre homens e mulheres nas dimensões do tecnoestresse (ansiedade, descrença, fadiga e ineficácia) e na relação com as estratégias de coping (foco no problema, foco na emoção, evitação). A amostra constituiu-se de 274 participantes, 151 mulheres e 123 homens. A pesquisa de método quantitativo utilizou três blocos de instrumentos: Questionário sociodemográfico e laboral, Escala de RED/TIC e a Escala de Estratégias de Enfrentamento - COPE. Os resultados avaliados por meio da prova t de Student identificaram que houve diferenças estatísticas entre mulheres e homens nas dimensões de ansiedade, fadiga e ineficácia e no coping focado na emoção em mulheres. Os resultados sugerem a necessidade de ações diferenciadas para homens e mulheres. 

Bibliographies de l'auteur-e

Caroline Johann de Souza, Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES/RS

Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, RS, Brasil.

Michele Taube, Universidade do Vale do Taquari – UNIVATES/RS

Universidade do Vale do Taquari, Lajeado, RS, Brasil

Mary Sandra Carlotto, Universidade de Brasília

Universidade de Brasília, Brasília, DF, Brasil.

Références

Abbad, G. da S., Mourão, L., Costa, R. Ba., Martins, L Bs, Legentil, J, & Miranda, L. (2021). Habilidades para teletrabalho em casa: construção e evidências de validade da escala. Revista Psicologia Organizações e Trabalho, 21(3), 1655-1664. https://doi.org/10.5935/rpot/2021.3.22568

Bahamondes-Rosado, M. E., Cerdá-Suárez, L. M., Dodero Ortiz de Zevallos, G. F., & Espinosa-Cristia, J. F. (2023). Technostress at work during the COVID-19 lockdown phase (2020–2021): a systematic review of the literature. Frontiers in Psychology, 14, 1173425. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2023.1173425

Borges, L. O., & Gondim, S. (2020). Significados e sentidos do trabalho do Home-Office: Desafios para a regulação emocional. Associação Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho, 01-06.

Cai, Z., Fan, X., & Du, J. (2017). Gender and attitudes toward technology use: A meta-analysis. Computers & Education, 105, 1-13. https://doi.org/10.1016/j.compedu.2016.11.003

Câmara, S. G., Carlotto, M. S., & Bedin, L. M. (2019). Evidências de validade da Versão Reduzida do Coping Orientation to Problems Experienced Inventory (COPE) com trabalhadores brasileiros. Psicogente, 22(41), 33-50. https://doi.org/10.17081/psico.22.41.3301

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2010). O tecnoestresse em trabalhadores que atuam com tecnologia de informação e comunicação. Psicologia: Ciência e Profissão, 30, 308-317. https://doi.org/10.1590/S1414-98932010000200007

Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2010). Tradução, adaptação e exploração de propriedades psicométricas da escala de tecnoestresse (RED/TIC). Psicologia em Estudo, 15, 171-178. https://www.scielo.br/j/pe/a/XTQ9QqKXL7bHydYNGDZD48v/

Carlotto, M. S. (2011). Tecnoestresse: diferenças entre homens e mulheres. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 11(2),51-64. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S198466572011000200005

Carlotto, M. S., & Wendt, G. W. (2016). Tecnoestresse e relação com a carreira, satisfação com a vida e interação trabalho-família: uma análise de gênero. Contextos Clínicos, 9(1), 51-59. http://revistas.unisinos.br/index.php/contextosclinicos/article/view/ctc.2016.91.04

Carver, C. S., Scheier, M. F., & Weintraub, J. K. (1989). Assessing coping strategies: a theoretically based approach. Journal of Personality and Social Psychology, 56(2), 267. https://psycnet.apa.org/record/1989-17570-001

Carver, C. S., & Connor-Smith, J. (2010). Personality and coping. Annual Review of Psychology, 61(1), 679-704. https://doi.org/10.1146/annurev.psych.093008.100352

Cahapay, M. B., & Bangoc Ii, N. F. (2021). Estrés tecnológico, desempeño laboral, satisfacción laboral y compromiso profesional de los maestros en medio de la crisis de COVID-19 en Filipinas. International Journal of Educational Research and Innovation, 16, 260-275. https://doi.org/10.46661/ijeri.6145

Cooper, J. (2006). The digital divide: The special case of gender. Journal of Computer Assisted Learning, 22(5), 320-334. http://dx.doi.org/10.1111/j.1365-2729.2006.00185.x.

Elfenbein, H. A. (2023). Emotion in organizations: Theory and research. Annual Review of Psychology, 74, 489-451. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-032720035940

Estrada-Muñoz, C., Vega-Muñoz, A., Castillo, D., Müller-Pérez, S., & Boada-Grau, J. (2021). Technostress of Chilean Teachers in the Context of the COVID-19 pandemic and teleworking. International Journal of Environmental Research and Public Health, 8(10), 01-14. https://doi.org/10.3390/ijerph18105458

Ficapal-Cusí, P., Peñarroja, V., Enache-Zegheru, M., & Salazar-Concha, C. (2025). Employee technostress: Analyzing the influence of sociodemographic characteristics on techno-stressors and their consequences. International Journal of Human–Computer Interaction, 41(2), 1309-1322. https://doi.org/10.1080/10447318.2024.2313926

Fregnan, E., Scaratti, G., Ciocca, L., & Silvia Ivaldi, S. (2022). New working capabilities for coping with COVID time challenges. Frontiers in Psychology, 21(130), 01-16. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2022.814348

Gabr, H. M., Soliman, S. S., Allam, H. K., & Raouf, S. Y. A. (2021). Effects of remote virtual work environment during COVID-19 pandemic on technostress among Menoufia University Staff, Egypt: a cross-sectional study. Environmental Science and Pollution Research, 28(38), 53746-53753. https://doi.org/10.1007/s11356-021-14588-w

Gaudioso, F., Turel, O., & Galimberti, C. (2017). The mediating roles of strain facets and coping strategies in translating techno-stressors into adverse job outcomes. Computers in Human Behavior, 69, 189-196. https://doi.org/10.1016/j.chb.2016.12.041

González-Fernández, C., Garrosa, E., & Blanco-Donoso, L. M. (2024). The effect of technology in the workplace: Consequences of technostress on mental health. Ansiedad y Estrés, 30(1), 40-48. https://doi.org/10.5093/anyes2024a6

Hu, Y., Zhao, L., Gupta, S., & He, X. (2023). Gender plays different roles? Examining the dark side of ubiquitous connectivity enabled by personal IT ensembles usage. Information Technology & People, 36(1), 165-195. https://doi.org/10.1108/ITP-07-2020-0520

Huffman, A. H., Whetten, J., & Huffman, W. H. (2013). Using technology in higher education: The influence of gender roles on technology self-efficacy. Computers in Human Behavior, 29(4),1779–1786. https://doi.org/10.1016/j.chb.2013.02.01

Ibrahim, R. Z. A. R., Bakar, A. A., & Nor, S. B. M. (2007). Techno stress: A study among academic and non academic staff. In: International Conference on Ergonomics and Health Aspects of Work with Computers. Springer. pp. 118-124. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-540-73333-1_15

La Torre, G., De Leonardis, V., & Chiappetta, M. (2020). Technostress: how does it affect the productivity and life of an individual? Results of an observational study. Public Health, 189, 60-65. https://doi.org/10.1016/j.puhe.2020.09.013

Lazarus, R. S., & Folkman S. (1984). Estresse, appraisal, and coping. Springer.

Leitner, I., & Rašticová, M. (2024). Exploring technostress dynamics in consulting companies in Germany: A mixed-methods approach. Problems and Perspectives in Management, 22(2), 586. https://doi.org/10.21511/ppm.22(2).2024.46

Lencina, M. G., Corso, K. B., & Cassanego Jr, P. (2024). O que tem se estudado sobre Technostress?”: Uma revisão sistemática de literatura sob a produção científica de 2001 a 2022. Collection of Internacional Topics in Health Sciences, 2, 218-245. https://doi.org/10.56238/sevened2024.016-015

López Galicia, G. A., & Gómez Ortiz, R. A. (2023). Technostress and organizational culture in the software industry. Mercados y Negócios, 24(48), 27-52. https://doi.org/10.32870/myn.vi48.7686

Marôco, J. (2007). Análise estatística com utilização do SPSS. Sílabo.

Menéndez-Espina, S., Llosa, J. A., Agulló-Tomás, E., Rodríguez-Suárez, J., Sáiz-Villar, R., & Lahseras-Díez, H. F. (2019). Job insecurity and mental health: the moderating role of coping strategies from a gender perspective. Frontiers in Psychology, 10, 286. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00286

Parts, V. (2024). From technostress to digital well-being. In S. Durst & A. Pevkur (Eds.), Digital transformation for entrepreneurship (pp. 95-116). World Scientific Publishing Co Pte Ltd. https://doi.org/10.1142/9789811270178_0007

Ragnedda, M., Ruiu, M. L., & Addeo, F. (2020). Measuring digital capital: An empirical investigation. New Media & Society, 22(5), 793-816. http://dx.doi.org/10.1177/1461444819869604

Raja, D. V. A. J., & Vijayakumar, V. (2017). A study on stress management in various sectors in India. International Journal of Management, 8(1), 50-62. http://www.iaeme.com/IJM/index.asp

Rodríguez-Vásquez, D. J., Totolhua-Reyes, B. A., Domínguez-Torres, L., Rojas-Solís, J. L., & De La Rosa-Díaz, B. E. (2021). Tecnoestrés: Un análisis descriptivo en docentes universitarios durante la contingencia sanitaria por COVID-19. Enseñanza e Investigación en Psicología Nueva Época, 3(2), 214-226. https://www.aacademica.org/lucydt07/2.pdf

Rohwer, E., Flöther, J. C., Harth, V., & Mache, S. (2022). Overcoming the “Dark Side” of Technology—A scoping review on preventing and coping with work-related technostress. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(6), 3625. https:// doi.org/10.3390/ijerph19063625

Salla, T. G. R., Sticca, M. G., & Carlotto, M. S. (2022). Revisão integrativa sobre tecnoestresse no trabalho: Fatores individuais, organizacionais e consequências. Revista Psicologia: Organizações e Trabalho, 22(3), 2059-2068 https://doi.org/10.5935/rpot/2022.3.23232

Salanova, M. (2003). Trabajando con tecnologías y afrontando el tecnoestrés: el rol de las creencias de eficacia. Revista de Psicología del Trabajo y de las Organizaciones, 19, 225-247. https://www.redalyc.org/pdf/2313/231318057001.pdf

Salanova, M., Llorens, S. Cifre, E., & Martínez, I. M (2006). MetodologíaRED-WONT. Perspectivas de intervención em riesgo psicosociales. Barcelona: Foment del Treball Nacional.

Salanova, M. (2007). Nuevas tecnologías y nuevos riesgos psicosociales en el trabajo. Revista Digital de Salud y Seguridad en el Trabajo, 1-22. http://rabida.uhu.es/dspace/bitstream/handle/10272/3411/b15756051.pdf?sequence=1

Salazar-Concha, C., Ficapal-Cusí, P., & Boada-Grau, J. (2020). Tecnoestrés. Evolución del concepto y sus principales consecuencias. Teuken Bidikay, 11(17), 165-180. https://doi.org/10.33571/teuken.v11n17a9

Smite, D., Moe, N. B., Hildrum, J., Gonzalez-Huerta, J., & Mendez, D. (2023). Work-from-home is here to stay: Call for flexibility in post-pandemic work policies. Journal of Systems and Software, 195, 111552. https://doi.org/10.1016/j.jss.2022.111552

Solís, P., Lago-Urbano, R., Real Castelao, S. (2023). Factors that impact the relationship between perceived organizational support and technostress in teachers. Behavioral Sciences, 13(5), 364. https://doi.org/10.3390/bs13050364

Spagnoli, P., Molino, M., Molinaro, D., Giancaspro, M. L, Manuti, A., & Ghislieri, C. (2020). Workaholism and technostress during the COVID-19 emergency: The crucial role of the leaders on remote working. Frontiers in Psychology, 11, 620310 https://doi.org/10.3389/fpsyg.2020.620310

Servino, S., Neiva, E. N., & Campos, R. P. de (2013). Estresse ocupacional e estratégias de enfrentamento entre profissionais de tecnologia da informação. Gerais: Revista Interinstitucional de Psicologia, 6(2), 238-254. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1983-82202013000200007

Tarafdar, M., Pirkkalainen, H., Salo, M., & Makkonen, M. (2020). Taking on the “Dark Side”: Coping with technostress. IT Professional, 22(6), 82-89. https://doi.org/10.1109/MITP.2020.2977343

Vieira, L. S., & Carlotto, M. S. (2021). Demandas e recursos de trabalho como preditores de tecnoestresse em trabalhadores que utilizam as tecnologias de informação e comunicação. Revista Gestão & Tecnologia, 21(3), 148–167. https://doi.org/10.20397/2177-6652/2021.v21i3.1970

Vieira, L. S., & Carlotto, M. S. (2024). Semelhanças e diferenças do tecnoestresse entre trabalhadores de tecnologias de comunicação e informação: uma análise de gênero. Contribuciones a las Ciencias Sociales, 17(2), 01-21. https://doi.org10.55905/revconv.17n.2-341

Villavicencio-Ayub, E., Ibarra Aguilar, D. G., & Calleja, N. (2020). Tecnoestrés en población mexicana y su relación con variables sociodemográficas y laborales. Psicogente, 23(44), 1- 27. https://doi.org/10.17081/psico.23.44.3473

Yeganehfar, M., Zarei, A., Isfandyari-Mogghadam, A.R., & Famil-Rouhani, A. (2018). Justice in technology policy: A systematic review of gender divide literature and the marginal contribution of women on ICT. Journal of Information, Communication and Ethics in Society, 16(2), 123-137. https://doi.org/10.1108/JICES-06-2017-0038

Téléchargements

Publié-e

2025-12-17

Comment citer

Johann de Souza, C., Taube, M., & Carlotto, M. S. (2025). Tecnoestresse e estratégias de coping em profissionais que utilizam Tecnologias de Informação e Comunicação: uma análise de gênero. Trabalho (En)Cena, 10(contínuo), e025021. https://doi.org/10.20873/2526-1487e025021

Numéro

Rubrique

Articles Théoriques et Empiriques

Articles les plus lus du,de la,des même-s auteur-e-s

Articles similaires

<< < 1 2 3 4 5 6 7 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.