Entrevista com a Professora Ana Magnólia Mendes
DOI:
https://doi.org/10.20873/2526-1487e025012Palavras-chave:
Trabalho, Psicodinâmica Organizacional, Clínica LacanianaResumo
Nesta entrevista, a professora Ana Magnólia Mendes, referência nos estudos sobre trabalho e saúde mental, destaca a sua virada epistemológica, entre 2010 e 2014. A professora, frente aos contextos de trabalho cada vez mais adoecedores, começou a questionar o próprio objeto de pesquisa que sempre trabalhou, o adoecimento dos trabalhadores com base na psicodinâmica do trabalho. Ana Magnólia passou a perguntar sobre quem é o sujeito que está sendo formado e deformado pelo mundo do trabalho. Com tal questionamento, a pesquisadora redefiniu a linha de pesquisa ao focalizar nos efeitos que a própria pesquisa sobre o sofrimento produz em termos de potência política ou de transformação desses trabalhadores. Afirma que a psicodinâmica do trabalho virou uma psicodinâmica organizacional, funcionalista e adaptacionista, tornando-se um instrumento do capital. À vista disso, Ana Magnólia está centrada em estudar os dispositivos da clínica do trabalho e, como tais dispositivos podem ajudar os trabalhadores a se curarem dos adoecimentos que eles foram acometidos pelo capitalismo. Assim, utiliza-se do método psicanalítico, a clínica lacaniana orientada para o real. Atua com a psicanálise sem divã, uma clínica que busca a liberação do sujeito do discurso do pensamento único, hegemônico, totalitário, autoritário, que é o discurso do supereu.
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