Repertórios espaciais ancestrais sustentáveis: casos amazônicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/set2024_7

Palavras-chave:

Cidades Amazônicas, morfologia, Justiça Socioambiental, Transectos

Resumo

Este artigo discute repertórios espaciais como ativos de conhecimento, sujeitos a disputas ideológicas e tecnológicas. A partir de análises morfológicas e da representação de transectos, adota três cidades amazônicas (Belém, Manaus e Santarém) para apresentar gradientes espaciais que caracterizam o território como espaço social etnosociodiverso, para além da dicotomia urbano-rural. As adaptações incorporam atributos físicos, diferentes escalas espaciais, rastreiam agentes e revelam padrões semelhantes nas três cidades de análise. Há tendência de apagamento de saberes ancestrais de populações que manejam o território, por conversão às paisagens normalizadas pelo capitalismo, quando a coexistência poderia apontar caminhos para justiça socioambiental e climática.

Biografia do Autor

Ana Claudia Duarte Cardoso, Universidade Federal do Pará

Professora titular da Universidade Federal do Pará (UFPA). Membro do corpo docente permanente do Programa de Pós-Graduação de Arquitetura e Urbanismo (PPGAU/UFPA) e do Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGE/UFPA). Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (1990), mestre em Planejamento Urbano pela Universidade de Brasília (1994) e doutora em Arquitetura pela Oxford Brookes University, UK (2002). Participou da gestão do Governo do Pará (2007-2009). Foi docente na UFRN (2009-2011). Foi professora visitante na École de Urbanisme de Paris (2017). Foi diretora da ANPUR (2015-2017). É diretora da ANPARQ (2020). É conselheira suplente do CAU BR (Pará). Consultora ad hoc do CNPq, da CAPES, da FAPESP e da FAPEMA e de periódicos da área. Seu interesse de pesquisa atual é a convergência entre a urbanização extensiva observada na Amazônia Oriental, os arranjos espaciais dos assentamentos humanos da região e a defesa do direito à sociobiodiversidade.

Sâmyla Blois, Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará

Arquiteta e Urbanista, formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atua com mobilização, ativismo climático e justiça socioambiental na Amazônia Urbana. É integrante do grupo de pesquisa Urbana Pesquisa e grupo de pesquisa Quintas Pretas. Está como assessora de comunicação no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Pará (CAU/PA).

Giuliana Lima, Universidade Federal do Pará

Discente de graduação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA), integrante do Laboratório Cidades na Amazônia (LABCAM/UFPA) como bolsista de Iniciação Científica (CNPQ). Integrante e extensionista do Grupo de Pesquisa Urbanização e Natureza na Amazônia (URBANA).

Luana Castro, Universidade Federal do Pará

Possui mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (2023), pós-graduação lato sensu em Reabilitação Ambiental e Sustentável Arquitetônica e Urbanística pela Universidade de Brasília (2022) e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Amazonas (2020). Atualmente, é doutoranda em Arquitetura, Desenho da Cidade e Desempenho Ambiental pelo PPGAU da Universidade Federal do Pará, com temática na área de território, verde urbano e sociobiodiversidade na Amazônia urbana. Seu interesse principal de pesquisa em Urbanismo é em territórios justos e resilientes, adaptação do território à crise climática baseada em ecossistemas, infraestrutura verde urbana e justiça socioambiental, com foco especial às cidades amazônicas.

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Publicado

2024-09-09

Como Citar

Duarte Cardoso, A. C., Blois, S., Lima, G., & Castro, L. (2024). Repertórios espaciais ancestrais sustentáveis: casos amazônicos. Revista Amazônia Moderna, 4(1). https://doi.org/10.20873/set2024_7