O periurbano na floresta: estudo da microrrede de comunidades tradicionais na região insular de Abaetetuba/PA
DOI:
https://doi.org/10.20873/uft.am.2594-7494.dossie.pnum.mar2025-7%20Palavras-chave:
urbanização amazônica, periurbano estendido, microrrede, comunidades amazônicasResumo
Cidades não são a principal manifestação do urbano amazônico; elas são nós de microrredes de localidades, vilas e comunidades, articuladas entre rios e florestas. No entanto, o processo de integração da Amazônia ao restante do país introduziu uma nova concepção territorial baseada na dicotomia urbano-rural. Este artigo caracteriza microrredes circunscritas ao periurbano de Belém, como uma camada que resiste às extrapolações da lógica metropolitana para além dos limites da cidade, por meio de um tecido urbano extensivo que instrumentaliza a lógica urbano industrial. Estudo de caso da microrrede de comunidades ribeirinhas e quilombolas das ilhas Xingu e Capim, na região insular de Abaetetuba (PA), apresenta o periurbano estendido amazônico em coexistências múltiplas e revela ameaças à manutenção do seu modo de vida e de direitos territoriais. Os dados coletados através de entrevistas, observação participativa, croquis, registros fotográficos e documentação oficial organizam a representação de gradientes de urbanização, considerando fluxos de interação das comunidades entre si, com Abaetetuba e Belém. Demonstra-se que diferentes modos de vida, de produção e de apropriação do espaço fazem a transição entre urbano e rural, segundo uma lógica de apropriação do território e estruturada por microrredes que se caracterizam como um urbano nativo próprio da Amazônia.
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Copyright (c) 2025 Fernanda Manuela Carvalho da Silva Santos, Ana Cláudia Duarte Cardoso , Kamila Diniz Oliveira

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