Inflamabilidade de espécies vegetais do cerrado stricto sensu

Autores

DOI:

https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v7n2.silvasilva

Palavras-chave:

Índice de inflamabilidade, Savana brasileira, incêndios florestais

Resumo

O uso do fogo pode ocasionar danos e benefícios a um ecossistema, sendo essa relação influenciada por dois fatores principais: condições meteorológicas locais e característica do material combustível. Um dos principais fatores que influenciam o processo de combustão é a inflamabilidade dos combustíveis, sendo considerado essencial a compreensão deste para a prevenção de incêndios florestais. Diante disso este trabalho objetivou avaliar o potencial de inflamabilidade das espécies Tabebuia aurea, Pseudobombax grandiflorum, Dimorphandra mollis, Chytraculia concinna, Eriotheca gracilipes e Qualea multiflora do cerrado sensu stricto e indicar as espécies com maior potencial para auxiliar na prevenção de incêndios florestais. O trabalho foi realizado no Laboratório de Pesquisas Florestais no Centro de Monitoramento Ambiental e Manejo do Fogo (CeMAF) na Universidade Federal do Tocantins onde os testes de inflamabilidade foram conduzidos para avaliação do tempo para ignição, da frequência de ignição, duração da combustão, índice de combustão e valor de inflamabilidade dos materiais combustíveis, sendo que para cada espécie estudada foram efetuadas 50 queimas em epirradiador, cada queima constituída de 1 ± 0,1 g de material combustível verde. Com base nos dados obtidos verificou-se que dentre as espécies estudadas a que demonstrou maior índice de inflamabilidade foi a Eriotheca gracilipes, por outro lado, identificou-se que as espécies Tabebuia aurea, Pseudobombax grandiflorum e Dimorphandra mollis são consideradas como fracamente inflamáveis, classificando-as como potenciais para uso na prevenção de incêndios florestais.

Biografia do Autor

Francisca Cassia da Silva Silva, Universidade Federal do Tocantins

Engenheira Florestal

Mestranda em Ciências Florestais e Ambientais

Victor Braga Rodrigues Duarte, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal

Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais

Eduardo Ganassoli Neto, Universidade Federal do Paraná

Engenheiro Florestal

Mestre em Engenharia Florestal

Igor Viana Sousa, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal

Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais

Marcos Vinícius Cardoso Silva, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal

Mestrando em Ciências Florestais e Ambientais

Micael Moreira Santos, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal

Mestre em Engenharia Florestal

Augustus Caeser Frank Portella, Universidade Federal do Tocantins

Professor adjunto na Universidade Federal do Tocantins

Marcos Giongo, Universidade Federal do Tocantins

Engenheiro Florestal

Professor Adjunto na Universidade Federal do Tocantins

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Publicado

30-10-2019

Como Citar

Silva, F. C. da S., Braga Rodrigues Duarte, V. ., Ganassoli Neto, E., Viana Sousa, I. ., Cardoso Silva, M. V., Moreira Santos, M. ., … Giongo, M. . (2019). Inflamabilidade de espécies vegetais do cerrado stricto sensu. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 7(2), 315–319. https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v7n2.silvasilva

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