REFLEXÕES INICIAIS SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA INDÍGENA XERENTE-AKWÊ E O ESTUDO DAS PERDAS DE VOGAIS E COSOANTES NAS PALAVRAS DA LÍNGUA AKWÊ: LIMITES E POSSIBILIDADES

Autores

  • Paulo Fernando Sitmoru Xerente UFT
  • Neila Nunes de Souza UFT

DOI:

https://doi.org/10.20873.23403

Resumo

O presente trabalho buscou analisar e compreender, as formas pedagógicas trabalhadas na Escola Estadual Indígena Sakruiwê localizada na Aldeia Funil Sakrepra próxima a cidade de Tocantínia. Partiu de revisão bibliográfica sobre pedagogias e culturas tradicionais. Apresenta uma discussão de como se estruturam as bases curriculares que tem como proposta ensinar as línguas portuguesas e Akwê, para estudantes indígenas. Este trabalho também dispõe-se apresentar os resultados da pesquisa das palavras que sofreram os apagamentos das consoantes e das vogais faladas pelos jovens Akwê Xerente. Ainda, faz um comparativo das palavras dos jovens com as falas dos anciãos, os mais velhos, que são os Wawê.  O objetivo deste trabalho é procurar estudar e entender o porquê algumas palavras sofreram variações, ou mudanças, na fonética-fonológica, falado pela nova geração que são os mais jovens Wapte akwê, através da comparação do vocabulário dos mais velhos que são anciãos, por serem fontes de conservação da língua materna Akwê. Os resultados e conclusões que serão apresentados também se articulam, como a realidade vivida em escola indígena,  autor desse trabalho que faço parte do povo Akwê e vivo na Aldeia Funil, sentindo as dificuldades do uso da língua portuguesa ao me inserir na universidade. Além de que a proposta é apontar os limites da educação dentro das escolas nas aldeias e as possíveis soluções para tais limites.

Biografia do Autor

Paulo Fernando Sitmoru Xerente, UFT

Graduado em Letras da Universidade Federal do Tocantins – UFT. E-mail: paulofernandositmoru@gmail.com

Neila Nunes de Souza, UFT

Docente no Curso de Letras e do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Tocantins – UFT. E-mail: neilasouza@uft.edu.br

Referências

BANIWA, Gersem dos Santos Luciano. O índio brasileiro: o que você precisa saber sobre os povos indígenas no Brasil de hoje. Brasília: MEC/SECAD/ LACED/Museu

Nacional, 2006.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.

______. LDB. Lei 9394/1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 2007.

CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. Editora Ática, São Paulo, 2000. Disponível em: http://br.geocities.com/mcrost02/convite_a_filosofia_42.htm. Acessado em: 25/09/2023.

FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Editora Le Livros, Rio de Janeiro, 1970.

FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

MATTOS, R. de. Fonêmica Xerente. Brasilia: SIL. (Serie Linguística 1).1973.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia dos saberes. In: SANTOS, Boaventura de Sousa; MENESES, Maria Paulo (org.). Epistemologias do sul. São Paulo: Cortez, 2010.

SOUZA FILHO, Sinval Martins de. Aspectos morfossintáticos da língua Akwê-Xerente (Jê). 2010.

SOUZA, Neila. N. de, & OSÓRIO, N. B. (2022). Pontuações sobre os Akwẽ-Xerente: os anciãos e as aspirações dos jovens após a formatura no Campus de Porto Nacional – UFT. Porto Das Letras, 8(2), s22002 – UFT, p.1-27. Disponível em:

https://sistemas.uft.edu.br/periodicos/index.php/portodasletras/article/view/14701/20342. Acessado em: 25/11/2023.

SOUZA, Shelton L. Fonologia Segmental da língua Xerente. In Simpósios Integrados de Letras – Linguagem: múltiplos olhares. Goiânia, 05 a 07 de outubro de 2005. Goiânia: UFG.

Downloads

Publicado

2024-03-28

Como Citar

Xerente, P. F. S., & Souza, N. N. de. (2024). REFLEXÕES INICIAIS SOBRE O ENSINO DA LÍNGUA INDÍGENA XERENTE-AKWÊ E O ESTUDO DAS PERDAS DE VOGAIS E COSOANTES NAS PALAVRAS DA LÍNGUA AKWÊ: LIMITES E POSSIBILIDADES. Porto Das Letras, 9(4), Artigo 3, p. 1–29. https://doi.org/10.20873.23403

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>