Arte como posssibilidade de subjetivação às pessoas que vivem com hiv
subversão e resistência na produção de Maria Sil
Palavras-chave:
Discurso; hiv/ aids; arte.Resumo
Esse texto se propõe a analisar e reconhecer que, contra necropolíticas que se estabelecem na contemporaneidade, principalmente aquelas que atingem os sujeitos que vivem com hiv no Brasil, há soropositivos que continuam buscando reconhecimento social e outras maneiras de resistir, como Maria Sil, artista e ativista na causa hiv/aids. Nesse escopo, perscrutamos algumas das produções de Sil que tomam o seu próprio corpo como espaço político, de luta e resistência, reivindicando o direito de voz e a necessidade de transformar a experiência de viver com hiv, na tentativa de entender os discursos que insistem em tomar a aids, o hiv e seu portador, como acontecimentos que se referem a sujeitos abjetos e excluídos, a vidas que não merecem ser salvas, assim como suas possibilidades de resistência. A análise percorre inicialmente os enunciados que tratam da aids e do hiv como dispositivos biopolíticos e daqueles que tratam do corpo enquanto espaço de resistência e possibilidade de agenciamento, segundo a concepção de um corpo sem órgãos.
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