Alegorias oníricas para a dororidade

uma análise fílmica do curta-metragem “A Mulher que Eu Era”

Authors

  • Nayara Luiza de Souza PUC-MG

DOI:

https://doi.org/10.20873-rpv10n1-37

Keywords:

Cinema. Interseccionalidade. Análise fílmica. A mulher que eu era. Dororidade. Feminismo.

Abstract

This article analyses the short film ‘The Woman I Used to Be’ (2019), directed by Karen Suzane and scripted by Clara Ferrer, based on Aumont's (2008) proposition that films can be understood as ‘an act of theory’. For this analysis, we adopted Black Feminism, the concept of Dorority (Piedade, 2019), Intersectional Theory (Collins & Bilge, 2019) and Marxist Feminism's proposal of understanding marriage as a mode of capitalist oppression (Federici, 2019) to reflect on the line ‘Today is a woman's most important day and you know it very well’, uttered by the protagonist in the fifth scene of the short film. Based on a multidimensional methodological approach to film analysis, according to Jacques Aumont and Michel Marie (2009), we investigated the narrative, sound and visual strategies employed to discuss the transformations in a woman's life after marriage, focusing on the intersections of race and gender.

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Published

2025-08-16

How to Cite

de Souza, N. L. (2025). Alegorias oníricas para a dororidade: uma análise fílmica do curta-metragem “A Mulher que Eu Era”. Perspectivas, 10(1), 231–249. https://doi.org/10.20873-rpv10n1-37

Issue

Section

Dossiê Pensamento-Cinema 10